Dos 531 médicos residentes da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), cerca de 190 aderiram à greve estadual nesta quarta-feira (30). Com isso, o atendimento aos pacientes do Hospital de Base (HB) foi prejudicado. A direção do HB afirma que os serviços de urgência e emergência estão mantidos.
Por meio de nota, a Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme) disse que a instituição já se antecipou e comunicou a paralisação aos órgãos de saúde de Rio Preto e região. Segundo a fundação, após o final da paralisação os procedimentos eletivos serão remarcados.
Lemos afirma que a principal reivindicação é o reajuste salarial de 11,9% na bolsa dos residentes determinado por uma portaria do Governo Federal em março, mas que o governo do Estado não paga. “Há oito meses estamos sem receber este reajuste, achamos isso injusto e a greve é por tempo indeterminado”, afirma.
A Secretaria Estadual de Saúde diz que diferentemente dos anos anteriores, o Governo Federal publicou a portaria definindo o reajuste no valor das bolsas dos residentes médicos apenas em março, com atraso, já que o orçamento da pasta foi fechado em janeiro. O reajuste teria um impacto financeiro de R$ 27 milhões a mais aos cofres da secretaria.
A pasta informou que já solicitou aos ministérios da Saúde e da Educação que arquem com a diferença para que o Estado possa atender à reivindicação dos residentes. A Funfarme reitera que todos os atendimentos de emergência e urgência continuarão funcionando normalmente.