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Shein anuncia investimento de R$ 750 milhões na indústria brasileira depois de ter sido intimidada por Lula

A expectativa é que gere mais de 100 mil postos de trabalho

Shein anuncia investimento de R$ 750 milhões na indústria brasileira depois de ter sido intimidada por Lula - Imagem: Divulgação  / SHEIN
Shein anuncia investimento de R$ 750 milhões na indústria brasileira depois de ter sido intimidada por Lula - Imagem: Divulgação / SHEIN

Marina Roveda Publicado em 22/04/2023, às 17h30


A empresa Shein anunciou uma forte estratégia de investimento na produção têxtil do Brasil, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A empresa planeja criar aproximadamente 100 mil empregos nos próximos três anos em parceria com dois mil fabricantes locais para produzir peças com a marca shein. Para isso, a companhia irá investir R$ 750 milhões em tecnologia e treinamento para atualizar os modelos tradicionais de produção para o modelo sob demanda. A varejistaacredita que isso ajudará os produtores locais a gerenciar melhor os pedidos, reduzir o desperdício, diminuir o excesso de estoque, aumentar a agilidade para responder à demanda do mercado e beneficiar as comunidades locais. A expectativa da Shein é de que cerca de 85% de suas vendas sejam locais até o final de 2026.

Segundo Marcelo Claure, Chairman da sheinpara a América Latina, a chave para a estratégia de crescimento é alavancar a escala global e excelência operacional para apoiar e contribuir para as economias e ecossistemas locais. Felipe Feistler, General Manager da empresa no Brasil, acrescentou que o objetivo é apoiar os fabricantes e fornecedores brasileiros para que possam aumentar seu alcance e crescimento no Brasil, bem como agir como um bloco de construção para futuras oportunidades globais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com representantes da Shein nesta quinta-feira, 20, para discutir questões de fiscalização e importação. A empresa se comprometeu em seguir as novas determinações da Receita Federal e compartilhou planos de nacionalizar 85% das vendas realizadas na plataforma com produção dentro do território brasileiro. Haddaddestacou que é importante que o e-commerce chinês veja o país não apenas como um consumidor, mas como uma economia de produção. A Shein também se comprometeu a absorver qualquer custo que venha das novas regras, sem repassar aos consumidores, caso a regra seja válida para todos os e-commercers com operação no Brasil.

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