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Queda do Dólar: moeda americana fecha a R$ 5,44 influenciada por novos estímulos econômicos na China

Dólar caiu 0,57% e acumula perda de 3,38% em setembro

Dólar caiu 0,57% e acumula perda de 3,38% em setembro - Imagem: Reprodução / Pixabay
Dólar caiu 0,57% e acumula perda de 3,38% em setembro - Imagem: Reprodução / Pixabay

Gabriela Thier Publicado em 26/09/2024, às 19h20


O mercado financeiro nacional testemunhou uma queda acentuada do dólar nesta quinta-feira (26), acompanhando a tendência de desvalorização da moeda norte-americana observada globalmente. O dólar atingiu seu pico durante a sessão, sendo cotado a R$5,4542, mas fechou o dia em declínio de 0,57%, cotado a R$5,4447. Com isso, as perdas acumuladas na semana somam 1,38%, e no mês de setembro, a desvalorização chega a 3,38% em relação ao real.

Desde a abertura do mercado, o dólar mostrou um movimento descendente, chegando perto de romper o piso dos R$5,40 nos primeiros negócios do dia, quando registrou a mínima de R$5,4051. No entanto, ao longo da manhã, a moeda reduziu o ritmo de queda em resposta à forte baixa dos preços do petróleo e à elevação das taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de curto prazo (Treasuries), influenciados por recentes dados econômicos norte-americanos. As expectativas para um novo corte de 50 pontos-base na taxa de juros pelo Federal Reserve em novembro diminuíram para menos de 60%, conforme monitoramento do CME Group.

No cenário internacional, o compromisso das principais lideranças chinesas com novos estímulos econômicos elevou os preços das commodities metálicas. Esse movimento serviu como catalisador para a valorização das moedas de países emergentes e exportadores de produtos básicos, com destaque para o peso chileno e o dólar australiano.

Internamente, as atenções se voltaram para a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco Central. O documento revisou para cima as projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no horizonte relevante da política monetária, que agora inclui o ano de 2026. As estimativas indicam que a inflação permanecerá acima da meta de 3% até pelo menos o primeiro trimestre de 2027.

Em teoria, uma taxa Selic mais elevada por um período prolongado tende a ser benéfica para o real, pois aumenta o diferencial entre os juros internos e externos, especialmente considerando o início do processo de redução das taxas pelo Federal Reserve.

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