Este é o segundo mês consecutivo de baixa, após o desempenho de -1,5% registrado em janeiro
Lillia Soares Publicado em 03/04/2024, às 17h14
Nesta quarta-feira (03), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, divulgou que a produção da indústria brasileira apresentou uma queda de 0,3% em fevereiro. Este é o segundo mês consecutivo de baixa, após o desempenho de -1,5% registrado em janeiro. Esses dados são parte da Pesquisa Industrial Mensal.
Apesar das duas quedas consecutivas, conforme informa o portal Agência Brasil, nos últimos 12 meses a indústria nacional registrou um crescimento de 1%. Em janeiro de 2024, esse aumento acumulado era de 0,4%. Atualmente, a produção industrial brasileira está 1,1% abaixo do nível pré-pandemia, que era de fevereiro de 2020, e 17,7% inferior ao pico mais alto já registrado, em maio de 2011.
Ao comparar fevereiro com janeiro deste ano, foi observada uma redução na produção em dez dos 25 ramos industriais analisados. Os setores que mais influenciaram negativamente foram os de produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%).
Entre os setores que registraram crescimento, destaca-se o segmento de bens de consumo duráveis, que teve um aumento de 3,6%. Este foi o maior crescimento observado neste mês, seguindo avanços também em janeiro (1,5%) e dezembro de 2023 (6,6%). Além disso, os setores de bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também apresentaram resultados positivos.
Em comparação com fevereiro de 2023, a produção industrial de fevereiro de 2024 teve um aumento de 5%. Essa foi a sétima alta consecutiva nesse tipo de comparação. Além disso, representa o maior aumento desde junho de 2021, quando o crescimento foi de 12,1%. Esse aumento gradual evidencia uma recuperação parcial dos efeitos da pandemia de covid-19 sobre a indústria.
“O resultado de fevereiro teve perfil disseminado de taxas positivas e foi o mais elevado desde junho de 2021 (12,1%), sendo influenciado não só pela baixa base de comparação, mas também pelo efeito calendário, já que fevereiro de 2024 teve 19 dias úteis, um a mais que fevereiro de 2023”, comentou o gerente da pesquisa, André Macedo.
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