Influenciado pelo crescimento do crédito e pela queda nas provisões (reservas financeiras para cobrir eventuais calotes), o Banco do Brasil (BB) lucrou R$
Redação Publicado em 05/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h28
Influenciado pelo crescimento do crédito e pela queda nas provisões (reservas financeiras para cobrir eventuais calotes), o Banco do Brasil (BB) lucrou R$ 5,032 bilhões no segundo trimestre. O resultado elevou para R$ 10 bilhões o lucro líquido ajustado da instituição financeira nos seis primeiros meses do ano.
O valor é 48,4% maior que o registrado no primeiro semestre de 2020. Além do crédito e das provisões, o BB citou o crescimento das receitas e o programa de demissões e de fechamento de agências como fatores que elevaram os lucros no primeiro semestre.
Em relação ao segundo trimestre (abril a junho), o lucro líquido ajustado de R$ 5 bilhões representa aumento de 2,6% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, no auge das medidas de restrição social provocadas pela pandemia de covid-19, o crescimento chegou a 52,2%.
Crédito
Soma de todo o valor emprestado pelo banco, a carteira de crédito atingiu R$ 766,5 bilhões em junho, alta de 6,1% em relação a junho do ano passado. Os destaques foram as operações de varejo e de agronegócios. A carteira de crédito a pessoas físicas cresceu 10,3% na mesma comparação. O crédito para o agronegócio bateu recorde e atingiu R$ 205,9 bilhões, expansão de 9,7% na comparação com junho de 2020 e de 3,7% em relação ao primeiro trimestre.
O crédito para micro e pequenas empresas encerrou junho em R$ 81,6 bilhões, alta de 24,8% em relação a junho do ano passado. Segundo o BB, o crescimento deve-se a iniciativas como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese) e o Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE).
Inadimplência
O índice de inadimplência acima de 90 dias alcançou 1,86% em junho, abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional. Com a inadimplência sob controle, a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) atingiu R$ 5,4 bilhões no primeiro semestre, valor 52,1% menor que nos seis primeiros meses do ano passado.
A PCLD representa uma reserva financeira que um banco separa para cobrir eventuais calotes. Em 2020, o Banco do Brasil antecipou a constituição de provisões de crédito, como medida de prevenção dos possíveis impactos da pandemia.
As receitas com prestação de serviços somaram R$ 14,1 bilhões no primeiro semestre, alta de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado. As despesas administrativas caíram 0,2% na mesma comparação. No início do ano, o BB fechou agências e promoveu um programa de demissão incentivada para reduzir os custos operacionais.
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Agência Brasil
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