Em reuniões com os novos comandos da Câmara e do Senado e a área política do governo, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se oposto à criação
Redação Publicado em 10/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h35
Em reuniões com os novos comandos da Câmara e do Senado e a área política do governo, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem se oposto à criação de um novo imposto, mesmo que temporário, para bancar uma nova rodada do auxílio emergencial.
Nos últimos dias, cresceu dentro do governo a defesa da criação de um tributo nos moldes da antiga CPMF, temporário, para bancar a nova ajuda aos brasileiros afetados pela pandemia.
Segundo integrantes da equipe econômica que participaram de reuniões nos últimos dias, o ministro Paulo Guedes segue defendendo que o pagamento do auxílio emergencial por mais alguns meses precisa ser compensado com cortes de gastos, não com aumento de tributos.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que uma possível volta auxílio emergencial pode ser anunciada ainda nesta semana. Nesta segunda (8), Jair Bolsonaro disse que está negociando com ministros uma solução para ajudar essa parcela da população que deixou de receber o benefício em dezembro.
O presidente Jair Bolsonaro tem repetido nos últimos dias a promessa de campanha de que o governo não irá propor aumento de impostos.
Um novo imposto nos moldes da CPMF, que o governo chama de imposto sobre transações, é defendido para desonerar a folha de pagamentos das empresas, o que o governo defende que ajudará na manutenção e criação de empregos.
A interlocutores, o ministro da Economia tem elogiado o novo comando das duas casas do Legislativo, afirmando que o diálogo tem sido “muito construtivo”. A referência é ao novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Segundo um integrante do governo que tem participado das reuniões para discutir a nova ajuda à população, a equipe de Guedes vem defendendo uma contrapartida que estaria no que o ministro chama de “PEC para crises fiscais”, ou um novo marco legal para enfrentar crises futuras. Não um aumento de imposto.
“A área econômica, que precisa zelar pelo equilíbrio fiscal, compreendeu a urgência do auxílio, e a área política entendeu que é preciso sinalizar com uma contrapartida”, diz um integrante graduado do governo.
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