O termo, que é o oposto da inflação, foi registrado pela primeira vez em mais de dois anos no Brasil
Vitória Tedeschi Publicado em 09/08/2022, às 14h44
O Brasil registrou nesta terça-feira (9) a primeira deflação em mais de dois anos, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuando 0,68% em julho, a menor taxa desde 1980.No entanto, o que parece representar um cenário econômico positivo vem sendo motivo de preocupação para alguns. Entenda o porquê:
O termo deflação é o equivalente ao oposta da inflação, que é quando existe uma alta generalizada nos preços em um período de tempo específico. Ou seja, inflação é aumento de preços; deflação, queda.
No entanto, desta vez o recuo nos valores não foi generalizado, sendo muito influenciado pelos combustíveis e energia elétrica, que puxaram para baixo o índice geral.
Em um primeiro momento, é fácil pensar que preços em baixa são algo positivo. E são, se as quedas forem pontuais. Afinal, quem não quer pagar menos? No entanto, se a queda generalizada acontece por tempo indeterminado isso se torna algo ruim.
Na prática, com a tendência de queda, as pessoas adiam suas intenções de consumo na esperança de conseguir preços ainda mais baixos no futuro. Esse adiamento alimenta a deflação, já que o comércio se vê obrigado a reduzir ainda mais os preços.
Em suma, deflação é sinal de baixo crescimento ou economia estagnada e, nesse sentido, contribui para um quadro de aumento do desemprego, queda do poder aquisitivo da população e depressão da atividade econômica em geral.
“A deflação em si não é boa ou ruim. É mais um reflexo de outras condições na economia. Costuma estar associada a recessões, pois, nesses períodos, a demanda é baixa e deprime os preços”, declarou Estêvão Kopschitz Xavier Bastos, coordenador de Conjuntura no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ao Infomoney.
O Brasil registrou deflação de 0,68% em julho, marcando a 1ª queda do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)desde maio de 2020 (-0,38%). Esse também foi o maior recuo registrado da série histórica, iniciada em janeiro de 1980.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado nesta terça-feira (9). O recorde anterior era de agosto de 1998, quando houve deflação de 0,51%.
A queda do IPCA foi levemente maior do que as projeções do mercado financeiro. Analistas estimavam deflação de 0,66% ou mais em junho.
A deflação de julho foi impulsionada principalmente pelo grupo de transportes, que teve queda de 4,51% nos preços. Os preços dos combustíveis recuaram 14,15%, enquanto que a gasolina tombou 15,48%, o etanol, 11,38%. Apenas o óleo diesel teve alta (+4,59%).
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