Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rondônia encerram o primeiro semestre com índices de desemprego inferiores a 5%.
Marina Roveda Publicado em 21/08/2023, às 08h11
A taxa de desemprego no Brasilatingiu 8%, o menor nível em nove anos, refletindo uma situação de aproximação do "pleno emprego" em alguns estados do país. Entre os estados que tiveram uma redução significativa na taxa de desemprego estão o Paraná (4,9%), Mato Grosso do Sul (4,1%), Santa Catarina (3,5%), Mato Grosso (3%) e Rondônia (2,4%).
O conceito de "pleno emprego" representa o uso máximo da força de trabalho, com um equilíbrio entre a procura e a disponibilidade de vagas, resultando em uma busca limitada por novas oportunidades de emprego. No contexto brasileiro, alguns economistas consideram que uma taxa de desemprego abaixo de 7% por um ano indica uma situação de "pleno emprego".
Pedro Afonso Gomes, economista e presidente do Corecon-SP, destaca que a definição de "pleno emprego" pode variar de acordo com as condições de cada sociedade. Ele menciona que, no Brasil, a manutenção de uma taxa de desemprego abaixo de 7% por um período prolongado sugere essa situação.
Adriana Beringuy, coordenadora de trabalho e rendimento da Pnad, ressalta que o IBGE não utiliza o termo "pleno emprego" em seus estudos, mas observa que o crescimento da agropecuária tem desempenhado um papel importante na redução da taxa de desemprego em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, enquanto Santa Catarina e o Paraná têm visto avanços na atividade industrial e de serviços.
No caso de Rondônia, o estado com a menor taxa de desemprego no Brasil, Gomes aponta que uma parcela significativa dos trabalhadores atua na informalidade, com quase 50% sem carteira assinada ou registro.
Carlos Caixeta, economista e membro do IBGC, destaca que a redução de 1,5 milhão de pessoas fora da força de trabalho em um ano indica uma retomada da economia brasileira. Ele enfatiza que a redução das taxas de juros e a aprovação da reforma tributária podem contribuir para atrair mais investimentos e, consequentemente, reduzir o desemprego.
A retomada do crescimento econômico tende a dinamizar a economia, aumentando as oportunidades de emprego e contribuindo para o aumento da arrecadação de impostos, o que, por sua vez, pode impulsionar o crescimento econômico ainda mais.
É importante ressaltar que, embora haja uma redução no desemprego, a qualidade dos empregos também é uma consideração crucial, especialmente em relação à segurança no trabalho, e é um aspecto que ainda precisa melhorar.
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