Brasil encerra 2023 com saldo positivo de 1.5 milhão de empregos formais

O Brasil encerrou o ano de 2023 com um saldo positivo de 1.483.598 empregos formais, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Apesar do resultado geral favorável, o mês de dezembro apresentou um ajuste sazonal, resultando em um saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira assinada.

No acumulado do ano, foram registradas 23.257.812 admissões e 21.774.214 desligamentos. O setor de serviços liderou a criação de empregos formais em 2023, contribuindo com 886.256 postos. O comércio gerou 276.528 empregos, a construção 158.940, a indústria 127.145, e a agropecuária registrou um saldo de 34.762 postos. O salário médio de admissão foi de R$ 2.037,94.

Em termos regionais, todas as 27 unidades federativas apresentaram saldos positivos, com destaque para São Paulo (390.719 postos, +3%), Rio de Janeiro (160.570 postos, +4,7%), e Minas Gerais (140.836 postos, +3,2%). As regiões mais beneficiadas foram o Sudeste (726.327), Nordeste (298.188), e Sul (197.659). O Nordeste, em particular, teve um crescimento de 5,2%, gerando 106.375 postos no ano.

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A maioria das vagas criadas em 2023 foi ocupada por homens (840.740), enquanto mulheres preencheram 642.892 novos postos. A faixa etária de 18 a 24 anos liderou o saldo positivo, com 1.158.532 postos.

Apesar dos resultados positivos ao longo do ano, o mês de dezembro apresentou um saldo negativo devido a fatores sazonais, com destaque para rescisões contratuais, especialmente contratos temporários, em setores como educação e saúde.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que o resultado de 2023 foi razoável, considerando os desafios herdados pela atual gestão. Ele ressaltou que não há motivos para comemoração, mas projetou um aumento na geração de empregos em 2024, impulsionado pela retomada de projetos de infraestrutura.

Dezembro com saldo negativo e ajuste sazonal

Em dezembro, o Brasil registrou um saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira assinada. O ajuste sazonal, comum nesse período, reflete rescisões contratuais, especialmente em contratos temporários, e afetou todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (-181.913 postos), indústria (-111.006 postos), construção (-75.631 postos), agropecuária (-53.660 postos), e comércio (-7.949 postos). O ministro Luiz Marinho explicou que dezembro historicamente é um mês em que as empresas realizam rescisões contratuais, contribuindo para o resultado negativo.