Em nota divulgada ontem(16) à imprensa, a mineradora Vale informou que o acesso de trabalhadores e a circulação de veículos na zona da inundação da barragem
Redação Publicado em 17/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h00
Em nota divulgada ontem(16) à imprensa, a mineradora Vale informou que o acesso de trabalhadores e a circulação de veículos na zona da inundação da barragem Xingu continuam suspensos. A restrição inclui a área da mina Alegria, em Mariana (MG), obedecendo o termo de interdição lavrado pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT).
Está sendo permitido apenas, “mediante rigoroso protocolo de segurança”, o ingresso de pessoas que trabalham nas atividades de estabilização da estrutura e nas ações estruturantes para implementação do trem não tripulado.
Segundo a Vale, após a interdição, tiveram início os testes para implantação de trem não tripulado, com carga reduzida. Durante essa fase, a empresa explicou que há menor circulação de composições no ramal, com velocidade reduzida e com retorno gradual da carga transportada.
Depois de sua integral implementação, o trem não tripulado percorrerá trecho de 16 quilômetros (km) por meio de sistema de controle integrado, capaz de realizar operações de aceleração e frenagem dinâmica de forma automática. A expectativa da Vale é que, ao final dos testes e da implantação, que devem durar e um a dois meses, a usina de Timbopeba seja capaz de manter a operação em cerca de 80 a 100% de sua capacidade diária de 33 mil toneladas de minério de ferro.
Interditada pela ANM desde março de 2020, a barragem do Xingu não recebe rejeitos de minério de ferro há mais de 20 anos. Entretanto, alguns trabalhadores ainda executavam atividades no local.
No início de junho, a Vale paralisou a operação de trens que circulam em um dos ramais da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). A medida foi adotada em atendimento a uma decisão do Ministério da Economia, que determinou a interdição de atividades em áreas próximas à barragem Xingu.
A Barragem Xingu permanece em nível 2 de emergência, em uma escala que vai até 3, conforme Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), em que não há risco iminente de ruptura, destacou a companhia.
“A inexistência de risco iminente ou alteração na condição da estrutura foi reforçada após visita técnica realizada em 15/06/2021 pela Agência Nacional de Mineração (ANM). A segurança da estrutura foi e continua a ser objeto de constantes melhorias. A barragem é monitorada e inspecionada por equipe técnica especializada, estando incluída no plano de descaracterização de barragens da companhia”, diz a not da mineradora.
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Agência Brasil
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