A Secretaria de Transportes de São Paulo e a SPTrans afirmaram nesta quarta-feira (22) que a tarifa de ônibus deveria ser reajustada para, no mínimo, R$ 5,10
Redação Publicado em 22/12/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h45
A Secretaria de Transportes de São Paulo e a SPTrans afirmaram nesta quarta-feira (22) que a tarifa de ônibus deveria ser reajustada para, no mínimo, R$ 5,10 para corrigir a inflação dos dois últimos anos. A proposta ainda será enviada para o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Atualmente, a tarifa custa R$ 4,40.
Os custos da operação de ônibus na capital paulista é pago parte pelos usuários, através da tarifa, e parte pela Prefeitura através de subsídio, o que representa 47% do custo total.
O subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo para as empresas de ônibus em 2021 foi R$3,3 bilhões. Como mostrado pelo g1, o valor do repasse no primeiro semestre foi R$ 461 milhões superior ao do primeiro semestre de 2020, quando a gestão municipal destinou R$ 1,403 bilhão do Tesouro da cidade para bancar o sistema municipal de ônibus.
De acordo com o estudo apresentado pela SPTrans, a cada R$ 0,10 na tarifa básica, a receita tarifária aumenta R$ 104 milhões nos primeiros 12 meses.
Se o valor de R$ 5,10 for aprovado pelo prefeito, significa que cerca de R$ 728 milhões devem entrar nos cofres do sistema de ônibus em 12 meses, diminuindo a necessidade de subsídio do Tesouro Municipal, que neste ano deve chegar a R$ 3,3 bilhões, segundo a própria SPTrans.
A proposta de aumento foi apresentada por Andréa Compri, Superintendente de Receita e Remuneração da SPTrans durante uma reunião com o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT)
“Nós vamos mandar para o executivo a nossa sugestão de que é preciso ter reajuste de tarifa. Esse percentual é alto, é. Mas é por isso que o Executivo está indo atrás de outras fontes de receita”, afirmou Andréa.
A capital tem até o próximo dia 25 para finalizar os estudos de custos e decidir se vai aumentar o valor das passagens. Na quarta-feira (21), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) falou que é possível que não haja aumento.
“Pode ser que sim, mas tá caminhando muito pra que a gente consiga segurar o aumento da passagem, para não ter, é o que tá caminhando, mas os estudos não estão concluídos”, afirmou.
De acordo com a SPRrans, o custo total do sistema de transporte é de R$ 8,71 por passageiro, sendo R$ 7,96 gastos na operação da frota de veículos (mão de obra, combustível, investimentos e outros) e R$ 0,74 gastos em infraestrutura do sistema de transporte (terminais, comercialização e gestão).
Atualmente, o gasto com combustível representa 20% do preço da passagem. Enquanto os custos sobem, o movimento tem caído nos últimos anos. Em outubro de 2011, os ônibus levaram 250 mil passageiros. Em outubro deste ano, pouco mais de 160 mil, uma queda de 35% em 10 anos. Além disso, entra na conta a gratuidade concedida a quase 25,7 milhões de passageiros que têm direito, como idosos e pessoas portadoras de deficiência física.
Segundo a SPTrans, a capital paulista tem atualmente 1.675 ônibus em circulação, uma redução de 8% da frota em relação a 2021.
Dados operacionais de ônibus na cidade de São Paulo:
Para o coordenador do Programa de Mobilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Rafael Calabria, o aumento da tarifa para o passageiro não se justifica, já que o valor do subsídio pago pela Prefeitura aumentou.
“Se a Prefeitura dá subsídio e aumenta a tarifa, fica impossível justificar para o passageiro. Não tem argumento para aumentar subsídio, ele já foi aumentado na pandemia e agora ainda vai aumentar a tarifa do passageiro? Fica difícil defender”, afirmou.
Mauro Calliari, membro do conselho, também se posicionou contra o aumento da tarifa.
“Qual é a prioridade da Prefeitura? O orçamento aumentou 17%. Talvez não devêssemos aumentar porque estamos em pandemia e há aumento no orçamento”, afirmou.
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G1
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