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Oito bolivianos são libertados de trabalho análogo ao escravo em SP

Uma operação deflagrada hoje (18) em São Paulo libertou oito imigrantes bolivianos vítimas de trabalho análogo à escravidão em uma confecção no Bom Retiro, no

Oito bolivianos são libertados de trabalho análogo ao escravo em SP
Oito bolivianos são libertados de trabalho análogo ao escravo em SP

Redação Publicado em 18/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 16h43


As vítimas chegavam a trabalhar 14 horas por dia

Uma operação deflagrada hoje (18) em São Paulo libertou oito imigrantes bolivianos vítimas de trabalho análogo à escravidão em uma confecção no Bom Retiro, no centro da capital paulista. Durante a operação, que foi chamada de Andrápodon, duas pessoas responsáveis pela confecção foram presas por tráfico de pessoas e organização criminosa.Oito bolivianos são libertados de trabalho análogo ao escravo em SPOito bolivianos são libertados de trabalho análogo ao escravo em SP

Segundo as investigações, as vítimas chegavam a trabalhar 14 horas por dia e depois dormiam no mesmo local, ao lado da máquina de costura.

A operação foi realizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania, por meio do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de São Paulo (NETP), e pela Polícia Civil, com agentes do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) e da 1ª Delegacia Seccional da capital.

“Há um trabalho repressivo de prender esses traficantes, que acabam enganando essas pessoas com falsa promessa de oportunidades e de melhor vida”, disse Fernando José da Costa, secretário de Justiça e Cidadania.

“Há também um trabalho humanitário, feito pela Secretaria de Justiça e Cidadania do estado de São Paulo. São três etapas: a primeira inicia hoje, que é a etapa do acolhimento: essas pessoas serão direcionadas a um lugar melhor. A segunda é um trabalho já relacionado à capacitação: essas pessoas farão cursos de português, profissionalizantes, que é um trabalho de inclusão social e profissional. E vem junto o trabalho de regularização através do Centro de Integração da Cidadania do Imigrante (CIC) e do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas”, acrescentou o secretário.

Desde 2019, o NETP já recebeu 37 denúncias de casos de tráfico de pessoas, trabalho análogo à escravidão, adoção ilegal, exploração laboral da prostituição e exploração sexual e de desaparecimento. Desse total, 12 denúncias resultaram em força-tarefa e contribuíram para o resgate de 206 vítimas.

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Agencia Brasil

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