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Força-tarefa do MP-SP ouve nesta quinta depoimentos de familiares de pacientes da Prevent Senior

A força-tarefa do Ministério Público (MP) de São Paulo começa a ouvir nesta quinta-feira (7) sete familiares de pacientes que tiveram Covid e foram tratados

Força-tarefa do MP-SP ouve nesta quinta depoimentos de familiares de pacientes da Prevent Senior
Força-tarefa do MP-SP ouve nesta quinta depoimentos de familiares de pacientes da Prevent Senior

Redação Publicado em 07/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h16


A força-tarefa do Ministério Público (MP) de São Paulo começa a ouvir nesta quinta-feira (7) sete familiares de pacientes que tiveram Covid e foram tratados pela Prevent Senior ou morreram nos hospitais da operadora dos planos de saúde. Além deles, também serão ouvidos futuramente os próprios pacientes, ex-pacientes e médicos e ex-médicos da empresa.

A empresa é investigada por promotores e pela Polícia Civil por suspeita de ter cometido ao menos três crimes desde o início da pandemia de coronavírus: homicídiofalsidade ideológica e omissão de notificação de doença obrigatória às autoridades. Em outras ocasiões, a Prevent Senior sempre negou as suspeitas de irregularidades contra a empresa e informou que irá colaborar com as apurações do Ministério Público.

Pelo menos seis parentes de pacientes que morreram por Covid ou ficaram internados pela doença nos hospitais da Prevent Senior serão ouvidos entre esta quinta e sexta-feira (8) pela força-tarefa no Ministério Público. Os depoimentos estão marcados para começarem a partir das 13h no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Os relatos serão presenciais e virtuais.

Os promotores já têm informações preliminares de que esses pacientes investigados usaram o “kit Covid” fornecido e distribuído pela Prevent Senior. E que morreram ou tiveram complicações após iniciarem o chamado ‘tratamento precoce’ com medicamentos sem comprovação científica de que previnam ou combatem o vírus. Entre os remédios ineficazes contra o coronavírus que foram administrados estão a hidroxicloroquina e a ivermectina.

O grupo de trabalho do MP quer saber dos familiares sobre os tratamentos e sintomas que seus parentes tiveram.

“Queremos saber o que eles tomavam e os efeitos”, falou o promotor Everton Zanella, coordenador da força-tarefa do MP.

Funcionário do Tribunal de Justiça fazem medição de temperatura na entrada do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, em SP. — Foto: Divulgação/TJ-SP
Funcionário do Tribunal de Justiça fazem medição de temperatura na entrada do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, em SP. — Foto: Divulgação/TJ-SP

Além dele, mais sete promotores integram o grupo de trabalho do Ministério Público que investiga a Prevent Senior pela suspeita de ter cometido os seguintes crimes:

  • Homicídio – por dar a pacientes com coronavírus o chamado ‘kit Covid’ com medicamentos ineficazes na prevenção e combate à doença. Alguns deles morreram após o uso desses remédios;
  • Falsidade ideológica – por adulterar certidões de óbito de pacientes, deixando de informar que as mortes deles foram decorrentes do coronavírus;
  • Omissão de notificação de doença obrigatória às autoridades – omitir nos registros médicos que se tratavam de pacientes infectados com o vírus.

Desde que a força-tarefa do MP foi criada, no final de setembro, ao menos dez denúncias de supostas irregularidades contra a Prevent Senior chegaram aos promotores. Em outras ocasiões, a operadora sempre negou as suspeitas de irregularidades contra a empresa e informou que irá colaborar com as apurações do Ministério Público.

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G1

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