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Concessionária responsável pela ferrovia ameaça adotar medidas judiciais contra a Prefeitura por aterramento de trilhos em Presidente Prudente

Concessionária responsável pela ferrovia ameaça adotar medidas judiciais contra a Prefeitura por aterramento de trilhos em Presidente Prudente

Aterramento de ferrovia - Imagem: reprodução grupo bom dia
Aterramento de ferrovia - Imagem: reprodução grupo bom dia

G1 Publicado em 13/08/2022, às 18h26


A concessionária Rumo ameaça adotar medidas judiciais contra a Prefeitura de Presidente Prudente (SP), caso não seja regularizada a situação do trecho da ferrovia que foi aterrado pelo Poder Executivo nas proximidades do Centro Cultural Matarazzo, na Vila Marcondes.

Em nota ao g1 nesta sexta-feira (12), a Rumo, que é a empresa responsável pela ferrovia, informou que, “dentro do que estabelecem as obrigações do contrato de concessão, esteve no local e constatou a irregularidade dentro da faixa de domínio”.

“Por se tratar de ação da Prefeitura, o município foi notificado. Caso as ações para regularizar a situação não sejam feitas, a concessionária irá adotar as medidas judiciais cabíveis”, salientou a concessionária ao g1.

O g1 solicitou ao Poder Executivo um posicionamento oficial diante das alegações da Rumo e a resposta foi a seguinte, também por meio de nota:

“A Prefeitura de Presidente Prudente reitera que a cobertura dos trilhos com terra é provisória, uma vez que o local está sendo utilizado para comportar parte da estrutura da 3ª Batatec [Feira Tecnológica da Batata-Doce], que ocorre no local de 11 a 14 de agosto”.

O aterramento também levou o procurador da República Luís Roberto Gomes a protocolar na Justiça Federal de primeira instância um pedido de urgência no trâmite processual e no julgamento de uma ação que busca a retomada do transporte ferroviário no Oeste Paulista, além da recuperação e da manutenção correta dos trilhos.

“A demora na entrega da prestação jurisdicional contribui para incentivar condutas deletérias ao patrimônio público federal (via férrea), como a situação esdrúxula que ora está ocorrendo e foi amplamente divulgada pela imprensa local”, disse Gomes na petição entregue à 1ª Vara Federal de Presidente Prudente, onde tramita a ação.

“A responsabilização por eventual dano culposo em relação ao ‘fato da Batatec’, assim como a tomada de providências para cessar tal atividade e promover a retirada da terra depositada e o retorno ao status quo ante, cabe à concessionária Rumo, de acordo com a legislação e os contratos de concessão e arrendamento”, salientou o representante do Ministério Público Federal (MPF).

“Cabe registrar, porém, que a demora para o julgamento deste processo contribui, indiscutivelmente, para condutas como a narrada, que se soma a tantas outras já apontadas nos autos, haja vista o estado lastimável da sucatada ferrovia”, complementou Gomes.

Um requerimento com questões direcionadas ao prefeito Ed Thomas (PSB) acerca do aterramento dos trilhos foi protocolado na Câmara Municipal.

Prefeitura aterrou trecho da ferrovia na altura do Centro Cultural Matarazzo, na Vila Marcondes, em Presidente Prudente (SP) — Foto: Leonardo Bosisio/g1
Prefeitura aterrou trecho da ferrovia na altura do Centro Cultural Matarazzo, na Vila Marcondes, em Presidente Prudente (SP)
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