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Ataques Digitais

Brasil aparece entre líderes de ameaças digitais na América Latina

Phishing e vulnerabilidades no Windows estão entre os maiores riscos

Especialistas recomendam reforço nas atualizações e segurança contra phishing - Imagem: Reprodução / Freepik
Especialistas recomendam reforço nas atualizações e segurança contra phishing - Imagem: Reprodução / Freepik

Sabrina Oliveira Publicado em 21/10/2024, às 10h58


O Brasil foi o quarto país da América Latina com maior número de ameaças digitais detectadas no primeiro semestre de 2024. De acordo com levantamento realizado pela empresa de segurança cibernética ESET, foram registradas 201 mil ocorrências de ataques no período, representando 7,76% do total identificado na região.

O ranking é liderado pelo Peru, que registrou 909 mil ameaças (35%), seguido pelo México, com 351 mil ocorrências (13%), e pelo Equador, com 204 mil (7,84%). Os especialistas apontam que a predominância de usuários residenciais no Peru é um dos motivos para o alto número de ataques no país, enquanto no Brasil e no México, onde o perfil de usuários é mais corporativo, as ameaças são menores, mas ainda preocupantes.

No total, a América Latina registrou 2,6 milhões de ataques cibernéticos entre janeiro e junho, em um cenário global que somou cerca de 4 milhões de incidentes. De acordo com Camilo Gutierrez Amaya, chefe de pesquisa da ESET na América Latina, “os usuários domésticos estão mais expostos, pois têm menos recursos para adotar medidas de proteção e prevenção digital”.

Entre as ameaças mais frequentes na região, o phishing se destaca, com aproximadamente 1,874 milhão de ocorrências. Essa técnica, amplamente utilizada por criminosos, busca roubar informações pessoais e financeiras das vítimas, geralmente por meio de links falsos ou e-mails fraudulentos.

Outro fator que contribui para a vulnerabilidade é o uso de versões antigas e desatualizadas do sistema operacional Windows, muitas delas sem suporte oficial do fabricante. As falhas nessas plataformas são exploradas para executar ataques que comprometem a segurança dos usuários.

David Gonzalez, pesquisador da ESET, explica que a maioria dos ataques aproveita brechas em softwares e usa técnicas de engenharia social para enganar as vítimas. Ele ressalta a importância de manter os sistemas operacionais atualizados e instalar patches de segurança para mitigar os riscos.

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