Os constantes aumentos do preço óleo diesel promovidos pela Petrobras e o congelamento da tarifa de ônibus na cidade podem elevar para R$ 4,4 bilhões o total
Redação Publicado em 25/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 10h30
Os constantes aumentos do preço óleo diesel promovidos pela Petrobras e o congelamento da tarifa de ônibus na cidade podem elevar para R$ 4,4 bilhões o total do subsídio que a Prefeitura de São Paulo aplicará no sistema de ônibus em 2022, segundo cálculos da própria SPTrans. No ano passado, o subsídio ficou em R$ 3,3 bilhões.
O g1 e a GloboNews tiveram acesso a uma planilha de revisão de preços do sistema feito pela empresa logo após o aumento de quase 25% do óleo diesel, anunciado pela Petrobras em 10 de março, que mostra que os custos totais do sistema poderão chegar a R$ 9,2 bilhões neste ano, contra R$ 5 bilhões da previsão de receitas.
Questionado sobre se mantém ou não a intenção de não subir a tarifa dos atuais R$ 4,40 – congelada desde 2020, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) disse que a Secretaria Municipal da Fazenda analisará os cálculos da SPTrans antes de o assunto ser avaliado por ele.
Planilha da SPTrans mostra o total de subsídios necessários para o transporte público da capital paulista em 2022, após aumento do diesel pela Petrobras. — Foto: Reprodução
O prefeito afirmou também que confia na aprovação de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados que vai destinar cerca de R$ 5 bilhões para as grandes cidades brasileiras financiarem a gratuidade dos idosos no transporte. Desse montante, cerca de R$ 350 milhões devem ser direcionados à capital paulista, segundo a Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
“Continuamos fazendo todo esforço pra não aumentar a tarifa de ônibus. Hoje em conversa com Arthur Lira ele me disse que pautou a votação para a primeira semana de abril. É o que esperamos, pois a cada dia a situação vai se agravando”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
A tramitação desse PL é acompanhada de perto pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), da qual Nunes é vice-presidente. Apesar de o texto já ter passado pelo Senado, a entidade teme que a eventual falta do socorro financeiro às grandes cidades gere um aumento disseminado dos valores nas tarifas e a possível reação da população a isso.
Curitiba (PR), por exemplo, aumentou a tarifa em 22%, de R$ 4,50 para R$ 5,50. O novo valor está em vigor desde 1° de março.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB), em Brasília, durante encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), para articular votação do socorro do transporte às cidades brasileiras. — Foto: Secom/PMSP
.
.
.
.
.
G1
Leia também
Membro do partido Democrata pede que Biden abandone sua candidatura
Governo busca proibir Meta de usar dados de usuários para treinar IA
Manifestantes barram passagem de Bolsonaro em Rodovia no Pará
Ex-mulher de Tim Maia faz revelação bombástica sobre único herdeiro do cantor
VÍDEO: Maíra Cardi ignora comentários e fala sobre "chupar rola" na frente da filha