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Transporte público também precisa de tecnologia para segurança de todos

Por Denis André Côté

Transporte público também precisa de tecnologia para segurança de todos
Transporte público também precisa de tecnologia para segurança de todos

Redação Publicado em 22/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h08


Por Denis André Côté

Cerca de 2,5 milhões de pessoas usam os trens da CPTM diariamente em São Paulo, número maior do que a população inteira do Estado de Sergipe.  Nada mais natural, portanto, que a preocupação com a segurança dos usuários seja primordial e que uma das maiores metrópoles do mundo conte com um sistema tecnológico de ponta.

A expectativa dos passageiros e dos governos por melhorias e modernização é grande. Enquanto os usuários buscam mais conveniência, informações personalizadas e segurança, as companhias do setor, tradicionalmente isoladas, se esforçam para promover as mudanças necessárias. Hoje, linhas, como a 7 e a 10 da CPTM, estão avançando na ampliação da tecnologia à disposição.

Entre as ferramentas a serem implementadas estão um sistema de proteção de áreas restritas com alarmes; contagem remota de tarifas básicas versus usuários para evitar fraudes; monitoramento contra vandalismo em todas as pontas; e aviso imediato de bens deixados nas plataformas (que, além de ajudar o usuário a recuperar seus pertences mais rapidamente, pode contribuir com a prevenção a qualquer tipo de incidentes).

Outra tecnologia já disponível na área do transporte público é o fornecimento ao gestor de dash boards inteligentes, sem a necessidade de intervenção humana, para qualquer tipo de ocorrência.

Dados unificados a bordo ou em instalações de transportes podem possibilitar que a empresa pare de perder tempo coletando vídeos a bordo manualmente ou usando fontes de dados separados para construir uma linha do tempo de eventos. Uma plataforma unificada head-end também simplifica as operações ao compilar e sincronizar dados, seja em veículos a bordo ou em instalações de transportes.

Tudo podendo, inclusive, estar integrado com as polícias locais – no caso de São Paulo, a Polícia Militar – podendo resultar em ganhos de minutos preciosos para coibir incidentes de grande escala.

Por fim, uma inovação tecnológica fundamental em tempos de pandemia é o detector de aglomeração nas plataformas, mezaninos e até mesmo dentro dos trens. O objetivo é dar vazão adequada para as demandas dos clientes, diminuindo o tempo de espera e a experiência na viagem, com veículos mais vazios. Essa tecnologia atenderia uma das maiores demandas dos usuários, que são maior conforto, pontualidade na chegada e menor tempo de viagem. Ou seja, a tecnologia ajuda a evitar pequenos furtos e possibilita a realização de distanciamento social quando necessário.

Esses são alguns exemplos que, se implementados, podem levar a indústria de transporte público no Brasil a alcançar um patamar de equilíbrio com qualquer país de sua magnitude no mundo e, o mais importante, garantir satisfação total dos usuários.

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*Denis André Côté é vice-presidente para América Latina e Caribe da Genetec, uma empresa de tecnologia inovadora, com um vasto portfólio de soluções nas áreas de segurança, inteligência e operações.
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