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Toda criança tem o direito à privacidade e a se sentir segura

Governadora Sarah Huckabee Sanders. - Imagem: Divulgação
Governadora Sarah Huckabee Sanders. - Imagem: Divulgação
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 29/03/2023, às 13h47


Na terça-feira (21), a governadora do Estado de Arkansas, EUA, assinou lei proibindo alunos transgêneros de utilizarem banheiros femininos nas dependências das escolas públicas. “O Arkansas não vai reescrever as regras da biologia apenas para agradar um punhado de defensores da estrema esquerda”, declarou Alexa Henning, porta-voz da governadora The Associated Press.

O projeto, patrocinado pela republicana Mary Bentley, engloba banheiros, vestiários e área de chuveiros, é aplicável também às escolas públicas-privadas ― pagas pelo governo, mas organizada de forma privada ―, determina que escolas ofertem banheiros específicos para crianças trans e passa a vigorar no final do verão. Bentley afirma que a legislação é a forma de restaurar os valores bíblicos na nação e que as crianças do Arkansas serão mantidas seguras e confortáveis em seus banheiros.

A ação foi considerada discriminatória para os defensores das causas LGBTQ, que alegam que crianças trans e não binárias estão sendo usadas pelos políticos do Arkansas como “peões políticos”, e isso enquanto eles utilizam-se de todas as demais crianças como “peões ideológicos”, para fazer uma maioria massacrante engolir a libertinagem de uma minoria militante, que trabalha arduamente para desconstruir tudo o que está firmado como bases seguras para uma sociedade emocionalmente saudável e feliz, para simplesmente impor/construir, com muito barulho e hostilidade, suas ideologias absurdas, que pretendem que os demais engulam à força e sob ameaças.  

Sarah Sanders afirma que assinará leis que visem à proteção e educação “dos nossos filhos” e não à doutrinação deles, pois escola não deve estar a serviço da agenda esquerdaradical.

Segundo Eric Reece, diretor estadual da Campanha de Direitos Humanos do Arkansas, impedir crianças de usarem banheiros compatíveis com seus gêneros não criará empregos, não reduzirá custos nem facilitará a vida familiar; esse projeto nem deveria ter chegado à governadora; ela deveria tê-lo considerado algo vergonhoso de ser sancionado.

O descaramento de gente desse tipo é inacreditável!

Reece considerou a nova lei como “outro esforço desprezível de políticos extremistas para alienar crianças que estão apenas tentando passar por suas infâncias”. Ora, então deixe que elas vivam a infância sem doutrinação esquerdistas do senhor e seus iguais. Que a vivam como foram criadas e definidas pela biologia; que sejam quem foram concebidas para ser, sem o risco de terem suas identidades roubadas por ideologias que lhes saqueiem vida, inocência, felicidade, e saúde mental, inclusive.

A lei foi aprovada uma semana após Sarah Sander, assinar lei que facilita processar médicos que forneçam a menores de idade tratamento para mudança de gênero no Estado. O Arkansas soma ao número crescente de Estados que proibiram banheiros transgêneros, como Oklahoma e Tennessee, além de Idaho e Iowa, onde tramitam projetos de lei semelhantes.

No Brasil, a Câmara Municipal de Juiz de Fora derrubou o veto da prefeita Margarida Salomão (PT) ao Projeto de Lei que proíbe instalação e adequação de banheiros/vestiários multigêneroem estabelecimentos da cidade. Cida Oliveira e Laiz Perrut (PT) e Tallia Sobral (Psol), votaram contra o veto.

O projeto, do vereador Sargento Mello Casal, prevê que os banheiros públicos não poderão ser utilizados por pessoas de sexo diferente. O projeto engloba lugares públicos, como shoppings, supermercados, escolas etc., não aplicável somente a locais em que haja um só banheiro/vestiário, nos quais a privacidade seja garantida.

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