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"Quem tem medo de lobo mau"

"Quem tem medo de lobo mau" - Imagem: Reprodução | YouTube
"Quem tem medo de lobo mau" - Imagem: Reprodução | YouTube
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 04/04/2023, às 08h34


Quem tem medo do lobo mau [...]? Ele não é de nada.

Quem não lembra deste refrão cantado pelos três irmãos porcos da história [d]Os Três Porquinhos? Isso grudava na mente feito chiclete.

À época, crianças (e alguns adultos) tinham medo até de palhaços e não raramente pais, mergulhados em constrangimento, tiveram de sair de circos e festas infantisem que um palhaço era o principal personagem.

Mas os tempos são outros.

Sob a desculpa de promover cultura e entretenimento, temos vivido tempos de uma verdadeira guerra pela desconstrução do belo e harmônico, para normalizar o que nunca será “normal”. Basta parar e pensar um pouquinho nos filmes, séries, desenhos animados, festas importadas, desfiles de moda, exposições, atrações em parques de diversão e, principalmente, nos jogos de vídeo games ocorridos e lançados mais recentemente para se constatar, sem dificuldade, o objetivo de seus criadores: desconstruir a noção de medo, terror, macabro, buscando fazer que, especialmente, crianças, adolescentes e jovens se acostumem com eles e os considere “normal”.

São jogos de vídeo game com cenas violentas e personagens horríveis; filmes de terror cada vez mais macabros; desfiles de moda, sob o conceito “trashion” (de trash [lixo] e fashion [moda]), com roupas e calçados que aparentam terem sido encontrados em algum lixão (como os tênis da marca Balenciaga, que custam R$ 10 mil, e podem chegar a US$ 1,8 mil, na versão cano alto).

O que se vê nos últimos anos é um esforço da sociedade e dos promotores da pseudocultura para desconstruir o conceito de belo estabelecido por Deuse alimentar o imaginário de crianças e adolescentes com o feio, o macabro, o vulgar, o satânico. Prova disso é uma imagem que causou nas redes sociais onde uma menina (aparentando uns três aninhos) é seguida por uma figura aterrorizante,mas não se assusta; ao contrário, sorri e demonstra euforia. A figura foi chamada “Spiritwalker” [espírito andarilho]. O vídeo foi publicado com a frase: That child lives her life unbothered and i hopes she never changest [Essa criança vive sua vida despreocupada e espero que ela nunca mude][1]. Dispensa mais comentários.

Festas como o Halloween; carinhas bonitas como a de Harry Potter; imagem de meninas excluídas, mas que “causam”, como Wandinha; e famílias macabras, como a Addams ilustram um pouco o cenário está preparando a geração atual para habituar-se à feitiçaria, a aceitar o domínio do mal sem considerar que o mal não brinca em serviço e que quer levar o ser humano para cada vez mais longe de Deus para destruí-lo, e para isso usará mentira, engano, encantos, levando crianças e adolescentes a crerem que isso é normal e que não tem “Nada a ver”. #soquenao.

As campanhas publicitárias também aproveitam esse conluio para “causar”, apelando para sensualidade, libertinagem e até para figuras relacionadas ao satanismo, como ocorre com o desodorante Axe, cuja empresa foi punida pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) por apelo excessivo à sensualidade.

A empresa lança 5 fragrâncias do desodorante, cujas embalagens saem da cabeça de um bode, o que, segundo Rafael Bitencourt, é uma clara alusão à Baphomet, ou seja, Belzebu; além de outra figura, que de acordo com Bitencourt alude à “Besta com asas, boca de leão, pata de urso”.

Enfim, tudo está sendo preparado para a chegada dos tempos do fim.

É necessário estar vigilante. O mal não brinca em serviço.

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[1] O vídeo pode ser visualizado em: She really was not scarred for even a moment #spiritwalker #ghoul #rea... | TikTok

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