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Pastor ou Ativista? Henrique Vieira e seu Evangelho Distorcido

Henrique Vieira - Imagem: Reprodução | Respeitarepreciso.org.br
Henrique Vieira - Imagem: Reprodução | Respeitarepreciso.org.br
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 19/12/2023, às 07h50


Que o cenário político brasileiro é marcado por uma intensa polarização, isso não é novidade. E que existem divergências e diferentes vertentes teológicas no meio evangélico, também não é algo novo. No entanto, existem certos personagens controversos tanto nas igrejas como na política, que se autointitulam representantes do cristianismo, mas que levantam bandeiras que destoam totalmente dos princípios e valores cristãos tradicionais. Um deles é o “pastor” Henrique Vieira.

Em entrevista recente ao Correio Braziliense, Vieira tenta justificar sua posição política, afirmando ser “defensor” dos Direitos Humanos, da justiça social e do combate à pobreza. No entanto, suas ações e declarações revelam o contrário, abraçando pautas progressistas e bem distantes dos ensinamentos de Jesus.

O “pastor”, em sua tentativa de se distanciar do conservadorismo, critica os que seguem uma perspectiva mais tradicional e bíblica (que são a grande maioria), rotulando-os de fanáticos e intolerantes. Vieira demonstra também, admiração pelo atual ministro da justiça, Flávio Dino, recém-eleito como ministro do STF, aberta e orgulhosamente declarado comunista, desconsiderando as graves consequências históricas dessa ideologia. O pastor parece ignorar os horrores perpetrados por regimes comunistas, revelando uma visão totalmente contrária aos valores judaico-cristãos.

A repugnante postura do pastor Henrique Vieira em relação ao aborto também chama a atenção. Ao defender a descriminalização da matança de crianças no ventre de suas mães, ele negligencia a soberania de Deus em relação à vida humana e utiliza argumentos falaciosos como a quantidade de “mães pobres e negras” que morrem ao fazer aborto e uma possível queda nessas mortes caso o aborto seja descriminalizado. Suas declarações desconsideram o valor da vida no ventre materno e a necessidade de proteger os mais vulneráveis, que no caso, é a criança.

Quanto à segurança pública, o pastor parece ignorar a realidade do Brasil, buscando soluções simplistas. Ao condenar o "recrudescimento penal," ele minimiza a complexidade do problema, desconsiderando a necessidade de medidas que realmente enfrentem as causas da criminalidade.

Com relação ao conflito no Oriente Médio, Henrique Vieira revela uma escancarada falta de discernimento ao condenar as ações de Israel e do Hamas de forma equânime, mostrando-se incapaz de reconhecer a legítima defesa de um país contra os ataques feitos por um grupo terrorista que sequestrou e matou milhares de pessoas inocentes em seu território. Uma postura que reflete seu viés ideológico cruel e antissemita.

Além disso, ao elogiar o (des)governo Lula, o pastor Henrique Vieira parece fechar os olhos para os escândalos de corrupção com proporções gigantescas que marcaram os anteriores mandatos petistas e as atrocidades que comete o ex-presidiário nesse novo mandato, gastando bilhões dos cofres públicos com viagens e hospedagens luxuosas, ostentação, uma máquina estatal inchada de gastos com quase 40 ministérios, economia e segurança pública caindo em um despenhadeiro, pautas progressistas avançando cada dia mais nas escolas e universidades, níveis de educação como um dos mais baixos do mundo e, como se não bastasse, uma Suprema Corte que manda no país enquanto o presidente viaja com sua deslumbrada e esbanjadora esposa.

Como nunca falta o joio no meio de trigo, o que tudo indica é que, o “pastor” Vieira emerge no meio evangélico como uma figura esdrúxula que abraça e defende uma agenda progressista cujos ideais vão na contramão dos princípios bíblicos. Sua postura questionável e suas escolhas políticas e ideológicas suscitam dúvidas sobre a base de sua fé e seu compromisso com o verdadeiro Evangelho.

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