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COLUNA

Papa Francisco: o advogado do diabo

Papa Francisco. - Imagem: Divulgação / Vatican News
Papa Francisco. - Imagem: Divulgação / Vatican News
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 06/04/2023, às 08h25


Quando a gente pensa que já viu de tudo, aparece essa notícia a respeito de declarações do papa Francisco, que anda criticando a política e a justiça brasileira, colocando em dúvida todo o sistema legislativo do Brasil, dizendo que aqui se condena inocentes, discurso comum aos esquerdistas latino-americanos.

Poucos dias antes da Quaresma, um dos momentos mais importantes da igreja católica, o papa Francisco concede entrevista ao canal argentino C5N e faz críticas às condenações impostas ao presidente Lula e o impeachment de Dilma. Durante a entrevista, o papa pareceu estar bastante atualizado com as práticas nefastas utilizadas por aqueles que, para infringir perseguição, utilizam-se dos sistemas legais.

Ao abordar a temática da condenação de Lula, o pontífice menciona a chamada Lawfare (literalmente, “guerra jurídica”); o uso “ou manipulação das leis” para combater a um oponente, desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar”. Trata-se, então, do “uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade político social, essaque normalmente não seria alcançada senão pelo uso do lawfare”.

Francisco afirmou que Lulafoi condenado injustamente e sem provas, e acrescentou que a Lawfare serve como um “abre caminho” em que para se impedir alguém de chegar a um cargo, leva-se à desqualificação dessa pessoa, incluindo a suspeita de um crime; faz--se a partir disso todo um sumário e a condena não pelas provas contundentes, mas pelo tamanho do sumário.

Poderíamos dizer que o pontífice está totalmente enganado, mas não podemos, já que, na verdade, ele configura-se como peça-chave para a agenda de avançar o socialismo dos globalistas, do socialismo bolivariano da turma do Foro de São Paulo, tendo sido escolhido a dedo pela elite mundial para ocupar a atual função.

Francisco sabe muito bem o que está fazendo. Aliás, durante o tempo em que Lula esteve detido, o pontífice esteve por duas vezes com a galera do “Lula Livre”, em reuniões conduzidas por Celso Amorim. Ele sabe, ao contrário do que declarou, que  Lula foi condenado, sim, por mais de 10 juízes, com provas irrefutáveis, em primeira e segunda instâncias! O processo não foi anulado devido a provas de inocência do ex-presidiário, mas por questões técnicas, já que o processo deveria tramitar no Distrito Federal e não em Curitiba-PR.

Na mesma entrevista, o papa teceu elogios à ex-presidente Dilma, dizendo que o impeachment que provocou sua deposição da presidência do Brasil, em agosto de 2016, havia sido “um golpe”, “injusto”, e que Dilma era “uma mulher de mãos limpas, uma excelente mulher”.

A ex-presidente foi afastada do cargo após uma semana de julgamento no Senado Federal, que aprovou o impeachment por 61 votos favoráveis contra 20; na Câmara, deputados federais decidiram pelo afastamento de Dilmapor 367 a favor e 137 contra, sob acusação de crime de responsabilidade contra a lei orçamentária, ao atrasar repasses do governo para instituições bancárias públicas, as famosas pedaladas fiscais.

 Declarando-se preocupado com o avanço da extrema-direita, Francisco afirma que a melhor forma de impedir seu avanço é falar sobre justiça social, horizontalmente; e isso sem demonstrar qualquer preocupação com o avanço do comunismo, do socialismo-globalista, com o avanço da fome, do ateísmo, do satanismo, de ideologias diversas (como a abortista).

Bom, é só ladeira abaixo.

Deus tenha misericórdia deste mundo.

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