por Agenor Duque
Publicado em 13/04/2024, às 04h10
Não é novidade que os Estados Unidos, representado por seu atual presidente, Joe Biden, têm se colocado como verdadeiro guardião das pautas progressistas, das ideologias amplamente defendidas pela comunidade LGBTQIA+.
Aliás, este foi o motivo de Biden ter sido colocado no poder de uma das nações mais poderosas do mundo e que serve de referência para a maioria dos países do globo. Praticamente tudo o que se torna moda nas terras do Tio Sam – na cultura, no comércio, nas artes, na religião –, acaba sendo copiado por boa parte dos outros países, quase como uma verdade absoluta.
Imagine a reação do presidente americano ao saber do novo posicionamento do papa Francisco com respeito a temas relacionados à agenda 2030... Biden fez biquinho e cara de poucos amigos com a notícia de que o pontífice acabara de assinar um documento contrariamente ao seu posicionamento mantido até poucos meses atrás a respeito de pautas preciosíssimas ao líder americano e protetor das causas ideológicas.
Há tempos que os Estados Unidos vêm trabalhando na destruição da identidade global, desconstruindo valores e princípios judaico-cristãos. O país trabalhou arduamente, utilizando-se de filmes, séries, propagandas espalhadas amplamente para desconstruir as bases cristãs sobre as quais a sociedade está edificada desde tempos remotos.
Semelhante à escolha de Biden, o papa Francisco foi escolhido a dedo, de forma intencional para atender a demandas ideológicas, abrindo caminho para a normalização de hábitos, pensamentos; para relativizar os absolutos que sustentam nossa sociedade.
Não faz muito tempo que Francisco foi a público defendendo a concessão de uma bênção a casais formados por pessoas do mesmo sexo, o que repercutiu mundialmente e fez acirrar os ânimos dos guardiões os valores e princípios cristãos; aliás o líder religioso tem sido bastante criticado por católicos de linha conservadora por seu posicionamento mais para o lado liberal, acusando-o de afastar-se demasiadamente de algumas doutrinas católicas tradicionais, embora a ala liberal o considere conservador demais e tímido ao encorajar a igreja católica a evoluir.
A notícia de que o papa assinou o Dignitas Infinita (Dignidade Infinita), que tem indícios de estar em direção oposta às bandeiras defendidas pelo governo americano, documento que revelou o posicionamento do Vaticano com respeito à cirurgia de redesignação sexual, à ideologia de gênero, ao aborto, dentre outros tópicos, surpreendeu, especialmente porque reafirmou o que Francisco já havia afirmado em relação à ideologia de gênero: “é uma ideologia feia”. O documento também adjetiva a prática do aborto como uma “crise extremamente perigosa do senso moral”, e destaca que o sexo atribuído a um indivíduo ao nascer é uma dádiva e que tentar alterar isso faz incorrer “na tentação de se fazer de Deus”.
Parece que o papa está disposto a colocar-se numa posição em que não seja tão simples qualificá-lo como conservador ou progressista.
Se seria o caso de o pontífice, no auge dos seus 87 anos e próximo de aposentar- -se, estar revendo suas convicções e sinalizando passos na direção de tomar para si as responsabilidades e prerrogativas do cargo que ocupa, dentre as quais conduzir o povo, apontando-lhes o caminho de Deus, não sabemos, mas é cedo para fechar opinião sobre este tópico. E o presidente americano possivelmente ficaria à beira de um ataque de nervos, caso isso acontecesse.
Felizmente, muitas clínicas de aborto e redesignação sexual estão falindo e perdendo voz e espaço nas muitas áreas da sociedade e, com isso, projetos gigantescos financiados por elas estão perdendo patrocínio e a implementação dessas agendas destrutivas vem sentindo os impactos.
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