Diário de São Paulo
Siga-nos
COLUNA

O Papa, a igreja e teologia queer

Papa Francisco. - Imagem: Reprodução | YouTube
Papa Francisco. - Imagem: Reprodução | YouTube
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 04/10/2023, às 06h47 - Atualizado em 06/10/2023, às 06h47


Papa Francisco sinaliza aprovação de união entre pessoas do mesmo sexo e empenha esforços em direção ao estabelecimento de uma igreja inclusiva, de linha teológica liberal. Há pouco tempo, em uma de suas declarações a respeito da união formal de pessoas do mesmo sexo, o Papa afirmou não poder compactuar com o pecado. No entanto, parece que ele mudou de opinião e afirmou que a igreja “está aberta” a pessoas LGBTQIA+. Afirmou ainda, em resposta a uma mulher trans, que “Deus nos ama como somos”, o que é um lado da verdade, mas não ela toda.

Obviamente que a igreja é aberta a receber a todos. É fato que Deus ama a todos, mas é igualmente verdadeiro que Deus ama tanto cada pessoa que não as deixa permanecer em uma vida imersa no pecado que, certamente, irá destruí-las. Apesar de pastores liberais usarem o púlpito de suas igrejas para defender o estabelecimento de uma igreja inclusiva, nada seria mais destruidor que receber pessoas como estão e massagear o ego delas, afirmando que podem permanecer como estão, em seu lugar de conforto, que mudanças não são necessárias, que podem permanecer em sua vida de pecado. Ainda que de muitos púlpitos seja possível ouvir esse tipo de diluição do evangelho, nada poderia ser mais enganoso.

A Teologia Queer é uma linha teológica emergente que busca explorar e reinterpretar a Bíblia de forma não tradicional, especialmente quanto à temática da sexualidade e identidade de gênero, já que para os teólogos queer, interpretar literalmente as Escrituras Sagradas coopera para a marginalização e opressão de pessoas LGTBQIA+ e invalida as vivências de indivíduos queer. Essa teologia baseia-se na premissa de que as principais e maiores religiões mundiais são homofóbicas e opressoras.

A igreja do fim do mundo defendida por muitos líderes religiosos será a praga dos tempos modernos. Ela traz em seu bojo o relativismo, a flacidez dos princípios e valores judaico--cristãos para que possa acomodar o estilo de vida pecaminoso adotado por uma parcela da atual sociedade. O papa Francisco, em carta, levantou-se, como líder proeminente que é e já preparando o cenário para seu sucessor (que será ainda mais progressista), defendendo que casais compostos por pessoas do mesmo sexo possam receber a bênção da igreja, defendendo que ao pedir a bênção, expressa-se o “pedido de ajuda a Deus [...] para poder viver melhor [...] de confiança num Pai que pode ajudá-lo a viver melhor”, esquecendo-se de que Deus não se contradiz e que não abençoa o que é contrário aos princípios que Ele já estabeleceu em sua santa Palavra.

Não é novidade que o pontífice esteja no papado para servir aos interesses globalistas e à agenda 2030, e seu endossamento a questões como a união homoafetiva mostra-se um importante esforço para o cumprimento de seu papel-chave, como marionete do sistema progressista, comunista, globalista, a serviço daqueles que empenham esforços contrários aos princípios e valores da maioria conservadora.

O estilo de vida que cada pessoa escolhe para si é problema exclusivo seu; contudo, quando um líder religioso, que deveria empenhar-se para ensinar ao povo o caminho de Deus, guiando-os na verdade e aproximando-os de Jesus, toma partido assumindo para si, seu próximo e seu rebanho posturas opostas ao que determina a Bíblia, assume o risco de os conduzir na direção totalmente oposta ao Cristo a quem as deveria aproximar, e se ele aprova o que a Escritura Sagrada desaprova, fazendo conceções, aqui está instalado um grande problema. Tal postura leva à perda de referencial, de modelo, o que é extremamente perigoso em tempos quando faltam referenciais firmes da verdade, em que líderes religiosos afastaram-se da verdade, venderam a alma ao diabo, desviaram-se de sua regra de fé e prática (a Bíblia) e passaram a viver a partir da própria verdade, criando para si um deus à sua própria imagem, que se adeque a seus desejos.

Nunca foi tão urgente que se levantem os guardiões da Verdade, da fé, da santidade. Que se levantem esses valentes.

Compartilhe  

últimas notícias