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E para quem pensou que era mentira: Olha o Foro de São Paulo aí, gente!

Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert
Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Divulgação / Ricardo Stuckert
Agenor Duque

por Agenor Duque

Publicado em 28/06/2023, às 09h07


Apesar das evidências, muita gente ainda não acredita que o Foro de São Paulo seja uma realidade, argumentando tratar-se de intriga da oposição. Com o retorno de Lula à presidência do Brasil, fica consolidado o projeto do Foro de São Paulo: tornar a América Latina num longo lençol vermelho, sob domínio da extrema esquerda.

Fundado por Lula e Fidel Castro, em 1990, o Foro de São Paulo dispensaria explicações adicionais, mas... A organização (rebatizada de Grupo de Puebla, em 2019) reúne, de tempos em tempos, as principais lideranças de extrema esquerda do continente latino-americano e configura-se como uma crucial no cenário atual para o estabelecimento do socialismo nos países da região; um comando estratégico do movimento comunista na América Latina, estando por trás, por exemplo, do envio de dinheiro público brasileiro para financiar ditaduras como as de Cuba, Venezuela e Nicarágua, e isso de forma irregular e ilegítima, sem o escrutínio de instituições democráticas, como o Congresso e o Ministério Público. A organização tem como pautas centrais a oposição ao neoliberalismo e ao imperialismo; o fortalecimento das lutas sociais, sindicais e populares; além da integração dos países quanto a problemas políticos, econômicos e sociais. Dentre seus membros estão, por exemplo, O Partido Comunista de Cuba, o Partido Socialista Unido da Venezuela e o Socialista do Chile, e, no Brasil, partidos como o PT, PDT, PCdoB e PCB.

Em documento contendo mais de 20 páginas, o Foro enaltece ditaduras comunistas, tece ataques diretos aos Estados Unidos, elogia a falsa bondade do governo chinês e outros líderes ditadores como os da China, Cuba e Venezuela, alegando que os EUA pretendem reverter o declínio atual e recuperar o anterior status hegemônico, sob risco fundamental à soberania, ao desenvolvimento e à justiça social dos povos latino-americanos; uma clara conformação à visão defendida pelo jesuíta, padre e psicólogo social Martin-Baró, para quem a terra do “Tio Sam” usa, no sentido absolutamente negativo do termo, a América Latina para defender seus próprios interesses e garantir sua segurança, à custa da pilhagem dos cidadãos dos países que compõem essa localidade.  

Sim! O Foro existe e está ativo visando cumprir seus intentos tiranos. A organização, que viveu seu auge nos anos 2000, teve seu último Encontro Anual em Caracas, Venezuela, em 2019, em cuja pauta estava a libertação de Lula, então preso por condenação em processo da Lava Jato. O evento causou reação de adversários políticos, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, que relacionou o Foro às FARC e facções criminosas.

O Foro de São Paulo é uma ameaça comunista que avança para destruição do capitalismo e da democracia. E, aos incrédulos, vai aqui um “Save the Date”, pois o próximo encontro do Foro acontecerá em Brasília, no final de junho, e, até o momento, já tem presença confirmada de delegações de 23 países de esquerda, dentre elas as de Irã, China, Rússia e Venezuela. O evento, organizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), promete ser o maior realizado desde a sua fundação.

E assim, o Brasil caminha para tornar-se exatamente o que são nossos vizinhos latino-americanos: tão vermelho quanto tomates maduros. E por falar em maduro, o autocrata venezuelano, cujo sobrenome coincide com o adjetivo do tomate, estará novamente em terras brasileiras. Aos jornalistas fica um alerta: protejam-se de agressões.  

Haja resiliência.

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