por Agenor Duque
Publicado em 23/02/2024, às 14h44
Nos últimos dias a rede de lanchonetes Burger King(BK) foi tema de inúmeras postagens nas redes sociais e tornou-se um dos assuntos mais comentados em diversas mídias.
Na corrida frenética para conquistar o gosto da população, nem sempre marqueteiros usam de bom-senso quando o desafio é atrair mais clientes e fazer uma marca ou produto “bombar”. Nesta selva, equipes de marketing, algumas vezes, desistem de produzir boas peças publicitárias que sejam atrativas e cativem o grande público, tendo a dose adequada de apelo. Muitas delas acabam pesando a mão e errando feio, produzindo conteúdos de má qualidade, apelativos demais. No entanto, há também as que propositadamente buscam, de fato, “causar”, “chocar”, fazer barulho, provocar a audiência, lançando produções de mau gosto e enxarcadas de conteúdos ideológicos, utilizam linguagem com duplo sentido e ofensiva, destilando malícia e vulgaridade.
O BK não é calouro nas polêmicas em torno de si. A empresa tem um vasto portifólio de escolhas infelizes para suas propagandas, geralmente abordando temáticas e “causas” ideológicas. Em 2019, lançou um comercial mostrando um “trisal” (termo utilizado para relacionamento de namoro/casamento entre 3 pessoas, no caso, 1 moça e 2 rapazes) dividindo um dos muitos lanches da marca. Tempos depois, produziu uma versão da mesma campanha, tornando a relação apenas de amizade, definindo-os como “poliamigos”. A empresa abordou também questões de política, relacionadas à causa LGBTQIA+ (inclusive utilizando crianças), fez piada com ministros etc.
A questão da vez envolve um comercial cujo protagonista deveria ser uma promoção em que 2 dos sanduíches do fast-food, o Whopper, foram anunciados por 25 reais. A polêmica ficou por conta da conotação sexual da peça publicitária, e não pense o leitor que a repercussão negativa foi um acidente, pois não foi. Afinal, por mais incrível que possa parecer, propagandas ruins também promovem marcas. Arrisco a dizer que, levar ao ar um conteúdo que destaca o tamanho de um produto vinculado à imagem de um ator de filme pornô, cuja fama está conectada ao tamanho avantajado que ele próprio teria atribuído a seu órgão genital, está longe de ser algo “por acaso”, mas sim muito bem pensado; inclusive, mesmo a retirada do comercial do ar possivelmente se trata de uma jogada de marketing bem calculada.
Verdade é que a tentativa de imprimir ao comercial certo tom de brincadeira e descontração resultou em conteúdo malicioso, de mau gosto, sem a menor graça, que atentou contra a inocência das crianças que o assistiram.
Neste caso, como em tantas outras ocorrências, se percebe mais um ataque aos valores e princípios judaico-cristãos, àquilo que é precioso para a sociedade conservadora e pró-família. Obviamente que não se deve considerar tabu as temáticas relacionadas ao sexo. É necessário falar desse assunto, e muitas famílias e igrejas têm tratado do tema de forma belíssima, com bom humor, sim, como tem feito o pastor Cláudio Duarte, por exemplo, mas, principalmente com o respeito que o tema merece.
A temática precisa estar presente em nossas salas de estar e mesas de jantar. É com os pais, em um ambiente seguro, que as crianças devem ouvir a respeito desse tema, de forma apropriada, de acordo com a idade, com linguagem adequada que comunique a elas a beleza deste presente que Deus deu aos seres humanos para ser usufruído exclusivamente dentro do casamento entre um homem e uma mulher. Não se pode tratar de sexo de forma leviana, promíscua, vulgar.
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