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Martine e Kahena celebram fim de incertezas a 50 dias para as Olimpíadas

Vai chegando à reta final a contagem no calendário de Martine Grael e Kahena Kunze. As campeãs olímpicas da classe 49er FX da vela comemoram o marco de 50

MARTINE
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Redação Publicado em 03/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h43


Campeãs olímpicas superam dificuldades de planejamento por causa da pandemia do coronavírus e veem chance de novo pódio nos Jogos de Tóquio

Vai chegando à reta final a contagem no calendário de Martine Grael e Kahena Kunze. As campeãs olímpicas da classe 49er FX da vela comemoram o marco de 50 dias para o início das Olimpíadas de Tóquio e também o fim das incertezas. Agora as brasileiras têm uma certeza: têm chances de brigar por um novo pódio depois de tantas mudanças de planejamento por causa da pandemia do coronavírus.

– Cada dia conta agora chegando aos Jogos. A gente sabe que cada vez mais que o calendário vai ficando assim certinho, com tudo que a gente tem que fazer até os Jogos, porque até então esse último ano foi difícil de fazer o planejamento para os Jogos por causa da pandemia. A cada duas semanas a gente tinha que mudar todos os planos. É agradável ver esse calendário se preenchendo. Dá uma certa animação, os tambores batendo – disse Martine.

A dupla brasileira teve um excelente 2019, com muitos títulos e o vice-campeonato mundial. A pandemia quebrou a sequência das velejadoras, que se viram fora do mar.

– O mais difícil eu diria que foi lidar com ansiedade. A gente tinha um planejamento todo até Tóquio. Do nada você não sabe o que vai acontecer amanhã. Psicologicamente lidar com “não sei o que vai acontecer, não sei onde a gente vai treinar, com quem, como…” É um pouco de “vamos fazer o que a gente pode” – disse Kahena.

Martine Grael e Kahena Kunze com a prata do Mundial de Auckland 2019 — Foto: Sailing Energy

Martine Grael e Kahena Kunze com a prata do Mundial de Auckland 2019 — Foto: Sailing Energy

As campeãs olímpicas tomaram a iniciativa de treinar na Europa, onde conseguiram ter contato e competir com as principais rivais, um parâmetro importante. Um ouro na Espanha em março e um bronze em Portugal em maio deram a certeza a Martine e Kahena de que podem brigar pelo bi em Tóquio.

– Estamos bem felizes que fizemos uma boa decisão de ter vindo para a Europa e começar a treinar logo com as meninas. Foi um passo importante para saber que estamos caminhando em um rumo de ter chances de medalha. É mais ajuste fino agora. Não dá para fazer grandes coisas, ideia mirabolantes. É importante saber o tempo de descanso, porque muitos atletas treinam, treinam, treinam, treinam e chegam lá muito cansados. É um pouco administrar nesses 50 dias o que a gente pode fazer para melhorar, mas também descansar para chegar ao Japão com sangue nos olhos – disse Kahena.

A pandemia acabou tirando a chance de a dupla brasileira – e das rivais – treinar mais em Enoshima, onde vão ser realizadas as provas de vela das Olimpíadas. No entanto, a raia olímpica japonesa não é uma total desconhecida para Martine e Kahena, que foram campeãs do evento-teste dos Jogos em 2019.

– Os barcos já estão no Japão. Só que vamos ter menos tempo para ajustar o equipamento do que a gente tinha planejado antes das Olimpíadas. A gente só vai conseguir velejar no Japão no dia 14 (de julho). Isso deixa a gente com pouco menos de dez dias – disse Kahena.

A abertura das Olimpíadas de Tóquio está programada para o dia 23 de julho. Martine e Kahena iniciam a briga por uma nova medalha no dia 27 de julho, e a medal race está agendada para 2 de agosto.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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