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Mãe de Rebeca Andrade sobre medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio: ‘Coração a mil por hora’

Dona Rosa, a mãe de Rebeca Andrade, disse que estava com o "coração a mil por hora" na manhã deste domingo (1) após a filha conquistar o ouro no salto das

medalha de ouro
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Redação Publicado em 01/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h19


Dona Rosa, a mãe de Rebeca Andrade, disse que estava com o “coração a mil por hora” na manhã deste domingo (1) após a filha conquistar o ouro no salto das Olimpíadas de Tóquio.

Rebeca já tinha ganhado prata no individual geral de ginástica artística. É a primeira vez que uma brasileira sobe duas vezes ao pódio em uma única edição de Jogos Olímpicos.

Em conversa com Galvão Bueno esta manhã, Dona Rosa disse que esperou o locutor anunciar o ouro para comemorar.

“Meu coração está a mil por hora, nossa, a gente ficou aqui esperando o último momento, esperando sair ali no placar, na esperança de sair o ouro, mas queríamos ouvir a sua narração, o seu grito que era ouro para só aí a gente pular. gritar. Aí a gente pulou, gritou, coitados dos vizinhos que estavam dormindo, mas não conseguimos nos conter, o coração fica a mil por hora”, afirmou.

VÍDEO: Rebeca recebe a medalha de ouro

Durante a conversa, Galvão e a ex-ginasta e comentarista da ginástica olímpica Daiane dos Santos salientaram a calma de Rebeca, herdada de Rosa.

“Ela tem mesmo essa serenidade. Eu só tenho a agradecer, não tenho palavras para dizer como estou feliz por essa conquista que não é só dela é de todos a equipe e de quem acreditou nela. Essa medalha é para todos nós, todos nós mesmo.”

Dona Rosa também falou que a preparação da filha, além dos treinos, foi espiritual.

“A preparação foi espiritual mesmo. Somos evangélicos, então nos preparamos preparamos com muita oração e pensamento positivo porque o restante teria de ser com ela, muito treino e concentração. O que ela tinha de faze. ela estava fazendo. Então o que a gente tinha de transmitir para ela era essa tranquilidade que você fala que eu tenho no jeito de falar e na base da oração mesmo”, afirmou.”

Em entrevista, Rebeca disse que não foram seus melhores saltos, mas que estava feliz e se divertiu durante a apresentação.

“Estou muito feliz, eu trabalhei bastante durante todo esse tempo e não sei nem o que dizer. Realmente não foram meus melhores saltos, eu saí pensando que não tinha sido muito bom, só que isso é ginástica, acontece, é do esporte. Mas eu tirei nota suficiente para o primeiro lugar e caraca, eu estou estou muito feliz! Não é a medalha, é fazer boas apresentações. Me senti segura, me senti pronta, pronta eu já sei que estou, mas me senti firme e me diverti. Hoje eu estava muito feliz, nas classificatórias estava feliz, na hora do individual eu estava muito feliz. E é essa sensação que eu quero levar para amanhã, independente dos resultados, eu vou estar muito feliz porque eu fiz tudo o que eu podia”, afirmou.

Nesta segunda-feira (2), Rebeca disputa a final do solo com a sua apresentação de “Baile de Favela”.

Treinadora

Rebeca começou a carreira aos 4 anos no Projeto Iniciação Esportiva de Guarulhos, com treinamentos no ginásio municipal Bonifácio Cardoso, na Grande São Paulo.

A primeira treinadora de Rebeca Andrade, Mônica Barroso dos Anjos, falou com a GloboNews e avaliou a apresentação da ginasta.

“Eu quase infartei, é tudo histórico, primeira medalha pro feminino e agora um medalha de ouro, Muito feliz”, afirmou.

De acordo com Mônica, Rebeca foi pela primeira vez ao ginásio em 2005 com a tia que trabalhava lá para fazer um teste.

“Quando eu bati o olho eu falei, ‘nossa, uma ginasta’. Eu peguei na mãozinha dela e pedi para ela pular e disse ‘Meu deus! Caiu aqui no ginásio uma futura Daiane dos Santos aqui'”, relembra.

“Ela fez uma ótima execução, muito alto, técnica excelente quase sem descontos. Fiquei surpresa porque tenho acompanhado ela nos últimos meses. Ela não estava fazendo esses saltos, ela estava apresentando a dupla. Foi realmente uma surpresa, fiquei muito feliz. Ela está muito bem, a execução perfeita. ela tem de se manter calma e fazer o que treinou. É um momento difícil, muito esperado. A Rebeca amadureceu muito, está com o emocional muito bom e a gente sabe que isso não é fácil.”

Mônica contou que o telefone do ginásio não para de tocar com novos interessados em treinar ginástica olímpica.

“Todo mundo quer ir para o ginásio onde a Rebeca começou. É um espelho, né. Como a Rebeca olhava com olhinhos brilhantes para a Daiane e sonhava fazer a mesma coisa que ela. Daiane foi um ícone do esporte.Tenho certeza que vão aparecer muitas Rebecas aqui.”

“Ela tem um nível técnico muito grande e boa execução. Minha torcida é que venha o ouro, mas a Rebeca já fez história e está trazendo muita alegria para a comunidade da ginástica olímpica e para a gente em Guarulhos.”

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Fonte: G1

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