A carreira como jogador de futebol de Fessin, meia-atacante do Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2019, quase durou apenas uma semana.
Redação Publicado em 28/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h12
A carreira como jogador de futebol de Fessin, meia-atacante do Corinthians na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2019, quase durou apenas uma semana.
Foi esse o período em que o garoto de 14 anos aguentou longe da família na primeira vez que deixou Campina Grande, na Paraíba, para se alojar na base do ABC, de Natal, no Rio Grande do Norte. Convencido pelos pais e treinadores, deu outra chance ao sonho, que se tornou real.
– Eu jogava na escolinha do professor Leonildo, a Alvorada, e um treinador do sub-15 do ABC me viu e me levou para a base. Eu morava sozinho lá, no CT. No começo foi muito difícil, na primeira semana que fui, voltei para casa, não consegui ficar. Não era muito de sair de casa, era muito apegado à família, tinha saudade. Depois de uma semana, voltei para o ABC e consegui ficar. Fiquei quatro anos na base e depois subi para o profissional – lembrou o jogador.
Comprado por R$ 2 milhões pelo Corinthians em maio após se destacar no profissional do ABC, Fessin assinou até o fim de 2021 e teve um bom início na base do clube, com 12 gols e quatro assistências em 32 partidas.
Diferentemente de seu colega Matheus Matias, que chegou para o profissional, não se adaptou e foi emprestado para o Ceará em 2019, Fessin conseguiu desenvolver um bom futebol no sub-20.
– Estou 100% adaptado ao Corinthians. Vim para jogar na base, enquanto o Matheus veio para o profissional e não teve oportunidades, isso prejudicou ele, que perdeu o ritmo de jogo. Eu estava bem acima dele na questão da adaptação por estar jogando – explicou o jogador de 19 anos.
O bom momento no sub-20 chamou a atenção até de Jair Ventura, técnico que deixou o comando da equipe principal no fim do Brasileirão. Junto do atacante Rafael Bilu, Fessin fez treinos com os jogadores do time principal e chegou a ficar no banco de reservas em alguns jogos do campeonato.
– A forma como me acolheram não tem explicação. Os jogadores mal te conhecem e te acolhem daquele jeito. Você está no vestiário, levanta a cabeça e está com o Cássio, com o Fagner, eles estavam na seleção brasileira e eu estou do lado dos caras? Foi uma experiência única – recordou.
Será a segunda edição de Copinha de Fessin – no ano passado, com o ABC, caiu na primeira fase. No time de Eduardo Barroca, atuará pelos lados do campo. Com inspiração num paraguaio famoso:
– Jogo de ponta, tipo o Romero. Me espelho nele, tem uma história bonita no clube. Tenho essa característica de marcação também. Desenvolvi isso no ABC, eu não voltava, até que o treinador me disse que eu tinha que ajudar. E ganhei o hábito de, ao perder a bola, recompor.
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