epois de quase três horas em poder dos assaltantes, foram liberados os reféns de uma tentativa de assalto a dois carros-fortes, no hipermercado Walmart, em São José do Rio Preto (SP), nesta quinta-feira (22). Os moradores da cidade viveram momentos de pânico. Dois criminosos foram mortos durante a troca de tiros com a polícia. Um foi preso e dois policiais ficaram levemente feridos.
Em nova troca de tiros, outro suspeito de ter participado da ação foi morto na Vila Azul por volta das 22h30. A polícia acredita que o crime de Rio Preto possa ter alguma ligação com o assalto à agência bancária na madrugada desta quinta-feira em Palestina (SP).
“Eu tinha acabado de sentar para almoçar no andar de cima, aí escutamos os tiros, corremos para a cozinha e depois para outra área e fomas parar no vestiário lá em cima, foi muito tenso”, conta a funcionária pública Patrícia Tonon.
O suspeito preso tentou despistar a polícia entre os reféns. “Quando a polícia chegou e conseguiu tirar a gente do restaurante um rapaz que estava no telefone tentou fugir, mas a polícia o algemou. Ele era um informante e ficou o tempo todo deitado com a gente como refém”, lembra a professora Taisi Araújo. As crianças que estavam no local também ficaram muito assustadas.
Duzentos e cinquenta policiais militares, além de agentes federais e policiais civis de toda a região de Rio Preto fecharam o cerco contra os criminosos. Segundo informações da Polícia Militar, pelo menos seis criminosos armados com metralhadoras renderam os funcionários de dois carros-fortes que chegavam para abastecer caixas eletrônicos do hipermercado Walmart. Segundo a polícia, um dos seguranças do supermercado atirou e os assaltantes revidaram. Os criminosos correram e se espalharam pelo hipermercado.
Por precaução, o shopping Plaza Avenida, que fica ao lado do hipermercado, foi fechado e os clientes impedidos de deixarem o centro de compras. A empresa Protege, responsável pelos carros-fortes, informou por meio de nota que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Pânico generalizado
Por causa da ação criminosa, moradores começaram a receber mensagens em grupos de WhatsApp relatando uma onda de assaltos em vários locais da cidade. Cerca de 70% das lojas do Calçadão fecharam devido ao pânico.
A polícia não confirma nenhum desses assaltos e afirma que a ação no hipermercado foi um caso isolado. “Não existem motivos para pânico, não devendo a comunidade acreditar em difusão de notícia falsa veiculada pelas redes sociais, devendo manter rotina normal nas atividades comerciais e pessoais”, diz a Polícia Civil em nota.
A assessoria de imprensa do hipermercado Walmart enviou uma nota em que confirma a tentativa de assalto ao carro-forte no estacionamento da loja. A loja está fechada e a empresa disse que colabora com a polícia nas investigações e que vai reforçar a segurança na unidade, além de prestar apoio emocional aos funcionários.
*Com informações da TV TEM Rio Preto.