Diário de São Paulo
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Exposição sobre migração vai até domingo no Museu da Língua Portuguesa

Mostra traz relatos de 13 migrantes que vivem na cidade de SP

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA
MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

Redação Publicado em 08/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 15h29


A exposição Sonhei em Português!, que traz a migração como um processo atravessado pelo idioma, vai até o próximo domingo (12), no Museu da Língua Portuguesa. A mostra, que traz peças audiovisuais, objetos e instalações foi construída, em grande parte, a partir dos relatos de 13 migrantes de outros países que vivem na cidade de São Paulo.Conselho do MP vai acompanhar investigação sobre mortes no AmazonasConselho do MP vai acompanhar investigação sobre mortes no Amazonas

O universo de dificuldades e desafios envolvidos na migração aparecem já na instalação Travessia, de Leandro Lima. No trabalho feito especialmente para a exposição, o esqueleto de um barco é impulsionado por remos luminosos no escuro da galeria. Na obra, se misturam as referências da tecnologia contemporânea com a antiga ação dos deslocamentos humanos.

O impacto das tecnologias presentes na vida dos migrantes é lembrado de forma mais explícita na instalação da sala seguinte, formada por telefones celulares antigos e novos pendurados. Uma referência às necessidades das pessoas que vão para outros países de continuar em contato com as famílias, amigos e círculos de afetos do lugar de origem.

O aprendizado da língua aparece como ponto importante em diversos relatos. A boliviana Jobana conta que vê o aprendizado do idioma por um processo em que passam necessariamente os afetos. “De alguma forma quando você aprende uma língua você também ama”, reflete. Por isso, depois de alguns anos no país, ela disse que só passou a realmente dominar o idioma quando se apegou a cidade. “Comecei a me apaixonar por esse lugar. Eu amo São Paulo”, admite.

Show

Hoje (8), o Grupo Libertat se apresentou no saguão da Estação da Luz, no mesmo prédio do museu, com um repertório de canções tradicionais da Bolívia, Peru, Equador, Paraguai, Venezuela e Colômbia. O grupo trouxe ainda depoimentos de imigrantes latinos que vivem na capital paulista em algumas das línguas faladas na América do Sul, como espanhol, quechua e aimará.

Essa foi a segunda apresentação a partir da Plataforma Conexões, em que o museu selecionou oito artistas em começo de carreira de diversas linguagens para compor a programação da instituição até dezembro com o tema Travessias pela Cidade.

Agência Brasil
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