Diário de São Paulo
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Ex-PM é condenado a 12 anos de prisão por matar com tiro no peito universitário negro que pulou muro de escola para jogar e beber

Júri popular condenou Assis Silva pelo assassinato de Matheus Freitas em 2016. Vítima tinha 24 anos quando foi baleada pelo então policial militar na Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, Zona Sul de SP. Ele foi expulso da corporação em 2018 e vai recorrer da sentença em liberdade

Ex-PM é condenado a 12 anos de prisão por matar com tiro no peito universitário negro que pulou muro de escola para jogar e beber
Ex-PM é condenado a 12 anos de prisão por matar com tiro no peito universitário negro que pulou muro de escola para jogar e beber

Redação Publicado em 02/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 09h41


Após cinco anos, a Justiça condenou na segunda-feira (30) um ex-policial militar à pena de 12 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de um universitário negro que havia pulado o muro de uma escola na Zona Sul de São Paulo, com mais três amigos, para jogar basquete e beber.

O crime foi cometido em 1º de outubro de 2016 na Escola Estadual Presidente Tancredo de Almeida Neves, no Grajaú. Como nunca havia sido preso antes, o réu recorrerá da sentença em liberdade.

À época, o então policial militar Assis Pinheiro da Silva atirou no peito de Matheus Santos Freitas. A vítima tinha 24 anos e estudava economia na Universidade Nove de Julho. Assis tem 43 anos atualmente.

Em seu interrogatório, o acusado alegou que fazia a segurança das urnas eletrônicas na escola que seria usada como uma das zonas de votação para a eleição municipal daquele ano.

Segundo Assis, ele ouviu um barulho e ao verificar não enxergou quem havia pulado o muro, mas mesmo assim resolveu atirar. Nenhum dos quatro jovens estava armado.

O disparo atingiu o peito de Matheus, que foi socorrido por uma ambulância que o levou ao hospital. Mas o jovem não resistiu ao ferimento e morreu dois dias depois.

Os amigos do universitário que também estavam na quadra de esportes conseguiram escapar do policial militar ao pularem o muro da escola de volta à rua.

Em seus depoimentos na Justiça, os colegas de Matheus deram outra versão para o que aconteceu. Disseram que o agente da Polícia Militar (PM) à época abordou os quatro e em seguida atirou.

G1
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