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Corregedoria da Câmara Municipal abre processo contra Camilo Cristófaro por frase racista durante CPI

A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo aceitou um parecer da vereadora Elaine Mineiro, do Quilombo Periférico (PSOL), relatora do processo contra o

Corregedoria da Câmara Municipal abre processo contra Camilo Cristófaro por frase racista durante CPI
Corregedoria da Câmara Municipal abre processo contra Camilo Cristófaro por frase racista durante CPI

Redação Publicado em 20/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h18


A Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo aceitou um parecer da vereadora Elaine Mineiro, do Quilombo Periférico (PSOL), relatora do processo contra o vereador Camilo Cristófaro (Avante), e abriu um processo contra o parlamentar pelo uso de uma frase racista em sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos em 3 de maio.

O relatório de Elaine, que recomendava a abertura do processo, foi lido em plenário. Posteriormente, os integrantes da Corregedoria aprovaram a abertura do processo por seis votos favoráveis.

A relatora admitiu quatro representações contra Camilo Cristófaro, sendo que uma delas pede a suspensão do parlamentar e as demais, cassação do mandato.

Agora, o parlamentar poderá apresentar defesa sobre o episódio. Enquanto a reunião da Corregedoria acontecia, do lado de fora da Câmara, integrantes do movimento negro protestaram contra o vereador pedindo a cassação do mandato dele.

Manifestantes protestam contra o vereador Camilo Cristófaro em frente à Câmara Municipal de SP — Foto: Celso Tavares/g1

Manifestantes protestam contra o vereador Camilo Cristófaro em frente à Câmara Municipal de SP — Foto: Celso Tavares/g1

No relatório apresentado por Elaine Mineiro, a relatora reforçou a necessidade do combate ao racismo e que trata-se de crime, citando ainda estudos acadêmicos, como o livro “Racismo Recreativo”, de Adilson Moreira, que relata a colocação das pessoas pretas em condição de inferioridade e de maneira pejorativa pelas pessoas no dia a dia.

Todos os vereadores membros da comissão criada para apurar o episódio votaram a favor do relatório, admitindo assim, inclusive, a cassação do mandato. O texto será analisado também pelo plenário da Casa ainda na próxima terça-feira (24), devendo ter até 37 votos para referendar a admissibilidade do texto pela Corregedoria.

Suspeição

A maioria dos vereadores rejeitou o pedido de suspeição da relatora, feito por parte de Chistófaro, dizendo que ela seria parcial na análise.

Única mulher negra e periférica entre os integrantes da Corregedoria da CMSP, Elaine foi designada pelo Corregedor da casa, Gilberto Nascimento (PSC).

O vereador Camilo Cristófaro (Avante) em conversa com o colega Toninho Vespoli (PSOL) na Câmara Municipal de São Paulo. — Foto: Afonso Braga/Rede Câmara

O vereador Camilo Cristófaro (Avante) em conversa com o colega Toninho Vespoli (PSOL) na Câmara Municipal de São Paulo. — Foto: Afonso Braga/Rede Câmara

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G1
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