Redação Publicado em 23/06/2022, às 00h00 - Atualizado em 24/06/2022, às 03h20
A Polícia Federal transportou hoje (23) os restos mortais do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira de Brasília para Rio de Janeiro e Recife, respectivamente, onde foram liberados para suas famílias. O brasileiro será velado e cremado amanhã (24), enquanto o britânico terá seu funeral e cremação realizados no próximo domingo (26).
O avião da Polícia Federal com os corpos decolou de Brasília por volta de 14h e foi primeiro ao Rio de Janeiro, onde chegou pouco antes das 16h, no Aeroporto Internacional do Galeão. Alguns minutos depois, o voo seguiu para o Aeroporto Internacional de Guararapes, no Recife, onde pousou no início da noite, às 18h35.
O velório de Bruno Pereira está marcado para amanhã (24), às 9h, no município de Paulista, na região metropolitana de Recife. A cremação está marcada para as 15h do mesmo dia. Já o jornalista Dom Phillips será velado em Niterói, no Rio de Janeiro, com funeral e cremação marcados para domingo (26), a partir das 9h.
A Polícia Federal ainda investiga as circunstâncias em que os dois foram mortos na Reserva Indígena do Vale do Javari, no Amazonas.
Os dois foram vistos na região pela última vez no dia 5 de junho, e, após buscas, restos mortais foram encontrados no dia 15 de junho. No dia seguinte, os corpos foram levados para Brasília, onde foram periciados e identificados pelo Instituto Nacional de Criminalística.
Os corpos foram localizados em um local indicado pelo pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”. Ele confessou participação e foi preso.
Em nota divulgada no último sábado (18), a PF informou que Bruno Pereira foi morto com dois tiros na região abdominal e torácica, e um na cabeça, enquanto Dom Phillips levou um tiro no abdômen/tórax. A munição usada no assassinato foi típica de caça.
Dom Phillips era colaborador do jornal britânico The Guardian e já havia produzido reportagens sobre desmatamento na Floresta Amazônica. Bruno Pereira era servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) e denunciava ameaças sofridas na região, informação confirmada pela PF. Ele atuava como colaborador da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade que tinha como foco impedir invasão da reserva por pescadores, caçadores e narcotraficantes.
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