Corpo de ciclista de 17 anos morto após atropelamento é enterrado na Grande SP

O enterro ocorreu no Cemitério Bosque da Paz, em Vargem Grande Paulista. O corpo foi velado no mesmo local desde as 11h.

Os familiares da vítima disseram que não querem vingança contra o motorista do carro que atropelou o jovem, mas querem Justiça.

O atropelamento ocorreu por volta das 22h de quinta-feira (10). Segundo informações da Polícia Militar, o veículo atingiu o ciclista, arrastou o jovem por mais de 100 metros, invadiu a pista contrária e parou apenas na faixa de ônibus.

Ele apresentava sinais de embriaguez, como olhos vermelhos, voz pastosa e cheiro etílico. O empresário se recusou a fazer o teste do bafômetro e coletar material para analisar se ele havia ingerido bebida alcoólica.

O socorro chegou a ser acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

A prisão em flagrante do motorista que atropelou e matou um ciclistaCIC foi convertida em preventiva pela Justiça de São Paulo nesta sexta-feira (11). Ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, sob a influência de embriaguez.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou, por nota, que também foi decretada a suspensão do direito de dirigir. Segundo a polícia, o motorista Rafael Mauricio Diniz, de 39 anos, já estava com a carteira de habilitação suspensa desde junho do ano passado.

O ciclista Claudemir Kauâ dos Santos Queiroz era recém-casado, tinha acabado de ser pai e estava trabalhando como entregador há cinco meses para ter uma renda extra para sustentar o bebê.

O carro ficou com o vidro danificado e cheio de estilhaços após a colisão. Segundo o relato de testemunhas, o motorista só não conseguiu fugir após o atropelamento por ter sido impedido por outros entregadores que viram o acidente.

Ele foi encaminhado para o 14ºDP, de Pinheiros. Mais tarde, foi conduzido ao 91ºDP, no Ceasa, para aguardar a audiência de custódia virtual. Como o juiz decidiu que o motorista deve continuar preso, ele será encaminhado a um Centro de Detenção Provisória (CDP).

Em depoimento à polícia, o empresário disse que estava na casa da noiva e saiu para buscar comida japonesa em um restaurante e enquanto esperava admitiu que bebeu uma cerveja, e quando saiu atingiu a vítima em uma curva.

O motorista disse que não viu o ciclista e não sabe se chegou a cochilar ao volante. Ele nega que tenha tentado fugir, mas disse que voltou para dentro do carro após ser cercado por motociclistas que tentaram agredi-lo. Se condenado, a pena pode variar de 5 a 8 anos de prisão.

A perícia demorou mais de 8 horas para ser realizada e por volta das 6h o corpo continuava no local do acidente.