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Bruninho destaca nova base com jovens após ouro no Sul-Americano de vôlei

Melhor jogador do Sul-Americano de vôlei, encerrado domingo, em Brasília, o levantador Bruninho destacou que a competição marca o início de um novo ciclo para

BRUNINHO
BRUNINHO

Redação Publicado em 06/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h24


Melhor jogador do Sul-Americano de vôlei, encerrado domingo, em Brasília, o levantador Bruninho destacou que a competição marca o início de um novo ciclo para uma equipe com jovens promessas das quadras como Adriano e Vaccari. No mês passado, a seleção – favorita ao ouro nas Olimpíadas de Tóquio – perdeu a disputa do bronze olímpico para a Argentina. Os dois times voltaram a se enfrentar, domingo, e, desta vez, os brasileiros venceram, faturando o 33º título sul-americano. Adriano e Vaccari não competiram em Tóquio.

O Brasil ganhou todas as 33 edições que disputou. A Argentina é o único país, além do Brasil, a ter vencido o Sul-Americano masculino – foi em 1964, quando a seleção não disputou.

Em Brasília, o time do técnico Renan Dal Zotto esteve com sete jogadores que voltaram sem medalha de Tóquio: os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa, o oposto Alan, o ponteiro Lucarelli, os centrais Lucão e Isac, e o líbero Thales. Além deles, foram convocados para o Sul-Americano Abouba, João Rafael, Vaccari, Adriano, Flávio, Cledenilson e Maique. É o início de renovação para um time que, logo depois das Olimpíadas, ficou sem nomes como Wallace e Maurício Borges, que se aposentaram da seleção.

Os melhores do Sul-Americano

PosiçãoJogador
Levantador (e MVP)Bruninho
PonteirosLucarelli e Parraguirre (CHI)
CentraisLoser (ARG) e Ramos (ARG)
OpostoAgamez (COL)
LíberoDanani (ARG)

– As pessoas podem pensar: o Sul-Americano não conta tanto e tal. Perde para você ver se as pessoas não iam cobrar a gente. A gente sabe da responsabilidade que é jogar com a camisa da seleção brasileira. A gente se dedica muito pra isso, para vencer sempre que possível – disse Bruninho, em entrevista à repórter Sofia Miranda.

Ele destacando a presença dos mais jovens no time agora.

– É importante para dar moral, principalmente os mais jovens hoje mostraram, tanto o Vaccari quanto o Adriano quando tiveram oportunidade foram muito bem. Esse grupo, lógico, com outros que ainda não estão aqui, sem dúvida é mais ou menos uma base daquilo que nós teremos nos próximos anos, então a gente começa o novo ciclo com o pé direito. Lógico que teoricamente é um Sul-Americano apenas mas o Brasil, ele entra pra vencer sempre, então quando você consegue esse objetivo a missão é cumprida.

Citado por Bruninho, o ponteiro Adriano, 19 anos, é tido como uma das revelações do vôlei brasileiro. Na última Superliga, jogando pelo Itapetininga, ele chamou a atenção – assim como sua antiga equipe, que eliminou o todo-poderoso Cruzeiro e chegou às semifinais. Adriano vai disputar a próxima temporada pelo Campinas.

Adriano ataca no jogo contra a Colômbia, pelo Sul-Americano — Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV

Adriano ataca no jogo contra a Colômbia, pelo Sul-Americano — Foto: William Lucas/Inovafoto/CBV

Bruninho disse que o Brasil começou mais forte no jogo contra os argentinos em relação a outros deste Sul-Americano.

– Eu tinha falado nos outros dias que talvez a gente estava começando sempre um pouco banho-maria e a gente sabia que se a gente começasse assim contra uma equipe como a Argentina, que é muito perigosa, poderia ser fatal. Então a gente colocou isso na cabeça, entrou muito concentrado e acabou vencendo a partida de maneira concreta – afirmou Bruninho.

O levantador classificou a temporada da seleção como de altos e baixos.

– Estou muito feliz. Eu acho que a gente, não importa quantas vezes a gente for derrotado, tiver frustrações, acho que isso faz parte da carreira do atleta. O que importa é quantas vezes a gente consegue levantar de novo e com a mesma força, com a mesma gana, com a mesma motivação. Mais uma vez esse grupo, depois de uma frustração tão grande, né, um mês atrás. Então uma temporada muito de altos e baixos, digamos assim, né, porque uma vitória na Liga das Nações, depois o quarto lugar na Olimpíada, aí agora a gente volta a vencer, né. Então o quão forte você consegue reagir a uma frustração? E esse grupo mostrou mais uma vez que reagiu e aí ano que vem tem mais – avaliou o levantador.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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