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Após novas denúncias de mães que relataram filhos feridos e doentes, polícia passa a investigar escola na Zona Leste de SP por tortura

Após receber novas denúncias, a Polícia Civil passou a apurar também a suspeita de tortura contra crianças na escola infantil particular da Zona Leste de São

Após novas denúncias de mães que relataram filhos feridos e doentes, polícia passa a investigar escola na Zona Leste de SP por tortura
Após novas denúncias de mães que relataram filhos feridos e doentes, polícia passa a investigar escola na Zona Leste de SP por tortura

Redação Publicado em 16/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h20


Após receber novas denúncias, a Polícia Civil passou a apurar também a suspeita de tortura contra crianças na escola infantil particular da Zona Leste de São Paulo. Mães de duas crianças que aparecem em vídeos amarradas e chorando foram ouvidas pela investigação. Elas disseram que seus filhos voltavam para casa feridos e doentes quando saíam do berçário da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, na Vila Formosa.

A escolinha já era investigada desde a semana passada pelos crimes de maus-tratos, periclitação de vida, que é colocar a saúde das crianças em risco, e submissão delas a vexame ou constrangimento por causa dos vídeos que circulam nas redes sociais e mostram maus-tratos a pelo menos quatro alunos. Eles aparecem amarrados e chorando dentro de um banheiro.

Nesta semana, no entanto, a Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional, decidiu incluir a tortura após ouvir diversos depoimentos sobre como as crianças eram tratadas na Colmeia Mágica.

g1 conversou com essas duas mães ouvidas pela investigação. Elas levaram ainda para a polícia fotos de seus filhos. Um dos meninos aparece com um machucado na testa e outro está internado em um hospital tomando oxigênio após sentir falta de ar. Os dois ficaram assim depois de deixarem a escolinha.

Menino ferido e outro doente

“Na época eu até mandei mensagem para a diretora perguntando sobre o que tinha acontecido com ele, mas ela não me respondeu. No dia seguinte ela disse que não se recordava de nada, mas que ele podia ter batido em algum brinquedo, até porque, eles vão para a escola e estão sujeitos a se machucar”, disse a autônoma Laura Stramaro, de 34 anos, mãe de um menino de 2 anos.

Em maio de 2021, o filho dela chegou em casa com um hematoma perto da sobrancelha.

“Em novembro do ano passado a diretora e proprietária me ligou dizendo que meu filho estava com dificuldades para respirar. Depois ficou dois dias internado em um hospital para a saturação de oxigênio regularizar”, falou nesta terça-feira (15) a advogada Vitória Costa, 23, mãe de um bebê de 11 meses.

À época as duas mães acharam que os filhos tinham se machucado sozinhos, mas depois de assistirem aos vídeos que mostram seus filhos com os braços imobilizados, enrolados com panos, presos em cadeirinhas de bebê embaixo de uma pia e próximas a uma privada, elas passaram a acreditar que as crianças sofreram maus-tratos.

A diretora citada pelas mães é Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos. Ela e a irmã, Fernanda Carolina Rossi Serme, de 38, são sócias da Colmeia Mágica. A escolinha foi fundada em 2002 e atende crianças 0 a 5 anos, do berçário ao ensino infantil.

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G1

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