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Após conquistar título do Rizin, Roberto Satoshi afirma: “Muita gente não acreditava em mim”

Roberto Satoshi atingiu o ápice de sua carreira no MMA ao finalizar Tofiq Musayev no primeiro round, domingo (13), em duelo válido pelo cinturão inaugural do

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Redação Publicado em 15/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h09


Faixa-preta de jiu-jítsu, que finalizou Tofiq Musayev na disputa do cinturão inaugural do peso-leve, no último domingo, não desgruda do cinturão: “Estou querendo levar até para o banho (risos)”

Roberto Satoshi atingiu o ápice de sua carreira no MMA ao finalizar Tofiq Musayev no primeiro round, domingo (13), em duelo válido pelo cinturão inaugural do peso-leve do Rizin. O brasileiro – que vive no Japão desde 2008 – afirma que venceu não só a disputa pelo título, mas também a desconfiança dos que apostavam em sua derrota para o atleta do Azerbaijão, cuja última derrota havia sido em 2014.

Após o confronto, ainda no ringue montado no mítico Tokyo Dome, palco de grandes edições do extinto Pride, Satoshi desabafou em japonês ao receber o cinturão do Rizin. E, nesta terça-feira, em entrevista ao Combate, explicou o incômodo por duvidarem do seu potencial.

– Muita gente não acreditava em mim nessa luta, quando tinha enquete, era 90% para ele, 80%, achava que ele ganharia fácil, que eu ainda não era um lutador de MMA. Que ele viria me bater no Japão e levar o cinturão ao país dele. Isso me deixou bem chateado. Venho treinando há anos, não vai ser assim, não, jamais. Não faço aquilo de brincadeira, é o legado do meu pai no jiu-jítsu. Meu sonho era trazer esse cinturão ao Japão. Foi o ponto mais alto da minha carreira. E vão continuar desconfiando ainda por eu não ter usado a trocação, só vão botar fé quando eu nocautear um Conor McGregor da vida (risos). Não tem problema, enquanto ficam duvidado, continuo fazendo história e conquistando meus títulos – declarou o atleta da Bonsai Jiu-Jítsu.

Diante de um lutador afiado na trocação – Tofiq Musayev derrotou via nocaute 14 de 18 oponentes – Satoshi, obviamente, colocou como foco o seu ponto forte: o jiu-jítsu. E ao encaixar o triângulo garante que sentiu que o azeri jamais escaparia daquela posição.

– Eu assisti às lutas dele e fiquei com a impressão que ele tinha quadril e pernas fortes porque os adversários não conseguiam segurá-las para botar para baixo. O plano era botar para baixo, dei uma entrada seca, vi que deu para abraçar e não senti essa pressão toda. Eu pensei: “Dá para botar pra baixo”. Quando nos grudamos de novo, clinchei e botei para baixo. Tenho treinado desde o ano passado pensando nesta luta, mas teve a guerra no país dele, infelizmente, e ele foi servir (ao Exército). Eu escalei, dei o bote e encaixei o triângulo. O lado direito é o mais forte do meu triângulo, é onde tenho mais pressão Quando senti que entrou muito bem, que não escorregaria, pensei: “Daqui ele não sai nunca mais”.

Sem planos imediatos para defender o posto de campeão, Roberto Satoshi pensa apenas em descansar com a família, especialmente com as filhas, Ayla e Maya, de quatro e dois anos de idade. A dupla, apesar da pouca idade, exige bastante até de quem está acostumado a suar em um ringue.

– Vai demorar um pouco para que os lutadores estrangeiros venham para o Japão devido à pandemia. Por enquanto, quero curtir o cinturão e daqui a um mês cogitar quem será o próximo. Quero ficar em casa com a minha família e aproveitar, porque o corte de peso é puxado, tenho duas filhas, que querem brincar, subir no pescoço e que ficam tristes quando não estou brincando. Essa é a parte que mais me magoa do MMA, esse desgaste dos treinos. Quero muito todo dia ficar brincando com elas e mostrar que tem o trabalho duro, mas depois vem a glorificação.

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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