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Análise: ter ou não ter a bola, eis a questão! Com a posse dela, São Paulo para no Colón

O São Paulo não funcionou contra o Colón na quinta-feira, no Morumbi, no jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana. A derrota por 1 a 0 para o time

Análise: ter ou não ter a bola, eis a questão! Com a posse dela, São Paulo para no Colón
Análise: ter ou não ter a bola, eis a questão! Com a posse dela, São Paulo para no Colón

Redação Publicado em 03/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h54


No Morumbi, Tricolor se complica na Sul-Americana; contra o Vasco, no domingo, tem que vencer

O São Paulo não funcionou contra o Colón na quinta-feira, no Morumbi, no jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana. A derrota por 1 a 0 para o time argentino pode ser considerada um castigo, mas serve de alerta ao Tricolor, que foi apresentado a uma nova situação de jogo neste segundo semestre: jogar com a bola. Soa engraçado, já que se trata de futebol, mas…

Depois da Copa do Mundo, o São Paulo tinha feito quatro jogos: três fora de casa, contra times grandes (Flamengo, Grêmio e Cruzeiro), e um no Morumbi, contra um rival estadual (Corinthians). Foram nove pontos ganhos em 12 disputados, com a segunda posição consolidada no Campeonato Brasileiro, e torcida e crítica avaliando as chances de título.

Nas partidas como visitante, o São Paulo teve menos posse de bola que o adversário. No clássico, teve um pouquinho a mais, mas criou perigo principalmente quando teve espaço para jogar. A receita vencedora: marcação forte para recuperar a bola, inclusive com a participação dos atacantes recuados, e contra-ataques rápidos – lembra os dois gols contra o Cruzeiro?

Contra o Colón, no Morumbi, o São Paulo viveu uma situação diferente: o time argentino jogou com todo mundo atrás, deixando a bola com o time da casa, que na maioria das jogadas não soube o que fazer com ela. Diego Aguirre poupou três jogadores (Sidão, Arboleda e Liziero), mas o quarteto de criação/ataque estava em campo (Nenê, Rojas, Everton e Diego Souza).

Sem espaço, o São Paulo teve muita dificuldade para entrar na área adversária. Não havia espaço para correr nem tabelar. Além disso, a troca de passes era lenta. O que fazer, então? O jeito mais fácil de chegar perto do gol era levantar a bola, cruzar… Não deu certo! Nem com Bruno Peres estreando no time titular como segundo volante, praticamente um meia.

Bruno Peres divide a bola no meio de campo (Foto: Marcos Ribolli)

Bruno Peres divide a bola no meio de campo (Foto: Marcos Ribolli)

Veja outros números do Tricolor na partida:

  • Finalizações – 15 (11 erradas)
  • Cruzamentos – 37 (30 errados)
  • Lançamentos – 18 (nove errados)
  • Passes – 490 (47 errados)

Na retranca, o Colón foi ao ataque com a bola dominada somente aos 11 minutos de jogo. Pior: o São Paulo só conseguiu entrar na área adversária numa jogada trabalhada aos 16. E dá-lhe cruzamento… Em situações como essa, “achar” um gol pode mudar o cenário: Rojas teve uma oportunidade aos 29, mas o chute de virada saiu por cima.

Bruno Peres e Hudson tentaram chutes de fora da área, mas, do pessoal mais avançado, não saíram as trocas rápidas de passes que poderiam quebrar a marcação argentina. Para piorar a situação, o Colón fez 1 a 0 aos 34 do segundo tempo, em uma de suas três finalizaões. No dia 16, em Santa Fe, o São Paulo terá que vencer, e com um gol fora de desvantagem.

No próximo domingo, no Morumbi, o adversário será o Vasco, de volta ao Brasileirão. Como você acha que jogará o time carioca? Como os adversários que o São Paulo vinha enfrentando depois da Copa ou como o Colón? Na teoria, a bola ficará de novo nos pés tricolores. Será preciso criar chances e, principalmente, fazer gols. Parece óbvio, né? Aguirre que o diga…

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