A renúncia coletiva da diretoria da Orquestra Sinfônica de Rio Preto, ocorrida ontem, pode ter repercussão dentro da Secretaria de Cultura.
Redação Publicado em 13/02/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h01
A renúncia coletiva da diretoria da Orquestra Sinfônica de Rio Preto, ocorrida ontem, pode ter repercussão dentro da Secretaria de Cultura.
A ex-presidente Rose Nossa, o secretário Márcio Zuanazzi e o tesoureiro Guilherme Prato, decidiram deixar a diretoria, durante a assembleia convocado pelo maestro Gilmar de Assis, que fez alterações no estatuto da entidade.
Entre os motivos da renúncia, estariam suspeitas de irregularidades administrativas e até de ordem financeira.
O maestro da Orquestra fez alterações no estatuto, criando a vitaliciedade do próprio maestro, Gilmar de Assis e dos trinta músicos.
A decisão, segundo Rose Nossa, fere a legislação, já que “o maestro não tem autonomia para fazer alterações no estatuto de uma Orquestra que é patrimônio público e existe a 75 anos!”
Os problemas na Orquestra vêm se arrastando desde 2014. Um recibo de honorários de um advogado, com data de 2014 teria sido juntado na prestação de contas de 2014 e 2015. Segundo a ex-presidente, Rose Nossa, o recibo apresenta uma rasura e foi pago apenas em 2015, embora conste em duplicidade nas contas de 2014.
A gota d’água para a renúncia da diretoria foi a convocação da assembleia, para ontem, exatamente na data em que a diretoria pretendia se reunir com os músicos após várias tentativas de pedir esclarecimentos ao maestro sobre as irregularidades e com sua constante recusa em se reunir com a diretoria. Na assembleia, a diretoria anunciou a renúncia.
A orquestra completa 75 anos de existência e não tem receita fixa. O governo do prefeito Edinho Araújo (PMDB) já foi informado sobre a crise na Orquestra através da ex-presidente Rose Nossa em reunião onde solicitou intervenção do poder público na questão.
Rose Nossa ex-presidente da Orquestra Sinfônica e Gilmar de Assis, Maestro