O estudo apresentado em uma conferência internacional envolveu mais de 1,7 mil pacientes
Juliane Moreti Publicado em 18/07/2023, às 15h22
Nesta segunda-feira (17), foram divulgados resultados positivos de um medicamento experimental que é capaz de retardar a progressão do Alzheimer em seu estágio inicial, cerca de 60% em porcetagem.
A publicação aconteceu por meio da revista JAMA Network, a partir da apresentação dos pesquisadores na conferência internacional da Associação de Alzheimer em Amsterdã, na Holanda.
Os testes aconteceram com mais de 1,7 mil pacientes e mostraram que o donanemab funciona melhor quando as pessoas com essa condição apresentam estágios iniciais ou até mesmo não mostram sintomas.
O medicamento, usado de forma intravenosa - injeção na veia-, nada mais é do que um anticorpo projetado para remover os depósitos da proteína beta-amilóide do cérebro de pacientes com Alzheimer.
De acordo com informações do portal Metrópoles, sua ação efetiva retarda a progressão da perda de memória e problemas cognitivos, subindo para 60% o resultado ao ser testado em seu estágio inicial.
''A detecção e o diagnótico precoce podem realmente mudar a trajetória dessa doença'', disse no evento Anne White, presidente da neurociência da farmacêutica Eli Lily.
Além disso, durante toda a pesquisa, foram observados resultados positivos do tratamento se mantiveram cerca de 18 meses, com os pacientes se beneficiando deles.
Contudo, também existiram efeitos colaterais, como o inchaço cerebral. Nesse caso, houve o controle com monitoramento por ressonância magnética ou com a interrupção do medicamento.
A agência Food and Drug Administration (FDA) - que atua como a Anvisa-, dos EUA, poderá avaliar os resultados e decidir sobre o medicamento donanemab até o fim de 2023.