Com 51 mil infectados, a doença avança de forma alarmante pelas cidades
Sabrina Oliveira Publicado em 24/10/2024, às 10h00
O Alto Tietê enfrenta uma das maiores crises de dengue em 2024, com 56 mortes confirmadas até agora e mais de 51 mil casos registrados. A situação vem preocupando autoridades de saúde e moradores, principalmente devido ao aumento das mortes nos últimos meses. Entre as vítimas mais recentes, está uma adolescente de 14 anos de Itaquaquecetuba, que faleceu após complicações da doença.
Além da jovem, a cidade confirmou a morte de um homem de 54 anos, totalizando oito óbitos apenas em Itaquaquecetuba neste ano. Mogi das Cruzes lidera o número de vítimas fatais na região, seguido por Suzano e Itaquaquecetuba. De acordo com o painel de monitoramento da Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do Estado de São Paulo, a doença se espalhou de forma acelerada por quase todos os municípios do Alto Tietê, com exceção de Arujá e Salesópolis, que não registraram mortes até agora.
As autoridades alertam que o risco de novos surtos continua elevado, especialmente em locais onde há acúmulo de água parada. Mesmo pequenos recipientes, como tampas de garrafa ou vasos de plantas, podem se transformar em criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Orientações como manter caixas d'água bem tampadas, esvaziar recipientes expostos e utilizar areia nos pratos de plantas são fundamentais para reduzir a proliferação do mosquito.
A dengue é uma doença que pode evoluir rapidamente para quadros graves, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Os primeiros sintomas costumam incluir febre alta, dores musculares e cansaço extremo. Em casos mais severos, sinais de alerta como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos exigem atendimento médico imediato.