Novo Presidente

Haddad pressiona Lula para escolher novo presidente do Banco Central em breve

Ideia é antecipar a escolha para facilitar transição no Banco Central antes de 2025

Lula e Fernando Haddad - Imagem: Reprodução / José Cruz / Agência Brasil

Sabrina Oliveira Publicado em 28/08/2024, às 08h47

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está sugerindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a escolha do novo presidente do Banco Central seja feita nos próximos dias. Em uma teleconferência durante um evento do Banco Santander, Haddad destacou a importância de uma transição longa e bem planejada para o comando do BC, citando que conversou com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a melhor data para o anúncio do novo líder da instituição.

Segundo Haddad, ele e Campos Neto chegaram a um consenso de que o ideal seria que o anúncio do sucessor fosse feito até o final de agosto ou início de setembro, o que daria um período adequado para uma transição tranquila e eficaz. 

Fiz questão de consultar o Roberto Campos Neto para que a transição fosse mais longa [com a indicação saindo até setembro para a troca de comando em 2025]. Acredito que o presidente [Lula] já está considerando o assunto”, disse. 

A ideia de Haddad é que, ao nomear o novo presidente do BC com antecedência, o governo possa evitar uma troca abrupta e permitir que o novo nome escolhido tenha tempo para se familiarizar com os desafios e as operações da instituição. Ele enfatizou que a consulta a Campos Neto foi um gesto de respeito e formalidade, reforçando a necessidade de uma transição bem organizada.

Apesar da proposta de Haddad, a decisão final sobre o momento da indicação do futuro presidente do Banco Central cabe a Lula, que ainda está ponderando sobre o assunto. No entanto, a sugestão de Haddad já está em discussão dentro do governo e entre os líderes do Senado, como Jaques Wagner (PT-BA), que acredita que a indicação e a sabatina do novo presidente do BC poderão ocorrer até a segunda semana de setembro.

Eu cumpri uma formalidade que me parece mais do que um gesto de educação, que foi conversar com Roberto Campos Neto sobre isso. Nós dois chegamos à conclusão, que foi levada ao presidente Lula, de que agosto seria um bom mês de anúncio para que houvesse um prazo de transição”, falou o ministro.

O atual mandato de Roberto Campos Neto, assim como o dos diretores de Regulação e Relacionamento do Banco Central, Otávio Damaso e Carolina Barros, termina no final deste ano. O governo ainda não decidiu se fará todas as indicações de uma vez ou se deixará algumas decisões para o final do ano.

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