As mulheres trabalham em uma penitenciária feminina de SP
Vitória Tedeschi Publicado em 15/02/2023, às 14h03
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do governo paulista transferiu três funcionárias de uma unidade do sistema penitenciário, após descobrir que elas eram ameaçadas de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Elas foram transferidas da Penitenciária Feminina no Carandiru para a Penitenciária Feminina de Santana, ambas na zona norte da capital paulista.
A medida aconteceu após policiais penais denunciarem uma ordem para o PCC executar cinco funcionárias de uma prisão feminina da cidade de São Paulo. A ordem havia sido dada no final do ano passado.
O suposto plano para assassinar as agentes foi descoberto após uma carta, obtida pelo Metrópoles, ser interceptada na Penitenciária Feminina da Capital, no Carandiru, na zona norte.
Foi colocado os nomes da guardas para os irmãos (sic)", diz um dos trechos (veja carta inteira abaixo).
De acordo com o Metrópoles, a carta é atribuída a uma presa ligada ao PCC e o motivo da ameaça estaria relacionado a questões disciplinares. As agentes estariam impedindo confraternizações com "batucadas" entre as presas.
Para funcionários da unidade, o texto também indica que os crimes estariam marcados para acontecer durante a próxima "saidinha".
A ameaça de morte foi registrada no 9º Distrito Policial (Carandiru). Segundo o boletim de ocorrência, as agentes penitenciárias procuraram a direção da unidade para instaurar investigação interna após encontrar a carta.