Crime

Falso pai de santo é denunciado por crimes sexuais terríveis

O homem que se fingia de líder espiritual está sendo acusado de cinco crimes

Polícia Civil prende homem suspeito de estuprar mulheres e que se apresentava como pai de santo em Aparecida de Goiânia - Imagem: reprodução TV Globo

Vitória Tedeschi Publicado em 20/09/2022, às 16h29

Um homem de 46 anos, que se fingia de pai de santo, foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por estupro e prática de atos libidinosos contra três mulheres. O caso aconteceu em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. 

No dia 26 de agosto, a polícia já havia prendido o falso pai de santo, que segundo o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Aparecida, usou da religião e da fragilidade das mulheres que buscavam ajuda espiritual para praticar os crimes.

Apesar de já estar preso por quase um mês, a denúncia pelos abusos só foi divulgada na última segunda-feira (19). Isso porque o caso continuou sendo investigado. Tanto que, no dia 5 de setembro a Polícia Civil enviou ao Judiciário o indiciamento por cinco crimes: importunação sexual, estupro, ameaça, violência psicológica e posse ilegal de munição de arma de fogo.

Segundo a denúncia, os crimes foram praticados entre novembro de 2021 e julho de 2022. A delegada Cybelle Tristão, que investigou o caso, explicou que, dentre as vítimas estão duas adolescentes e uma idosa.

Uma das vítimas estuprada pelo investigado teve o intestino obstruído em razão do estupro, tendo que se submeter a cirurgia", ressaltou a delegada.

Além disso, conforme os relatos das vítimas, na casa de umbanda havia munições de arma de fogo, drogas e facas utilizadas para intimidar as mulheres quando elas falavam que iriam parar de frequentar o local. A Polícia Civil apreendeu 12 facas com o homem dentro do suposto terreiro quando ele foi preso.

Desse modo, a Federação de Umbanda e Candomblé de Goiás (Fuceg) fez um levantamento junto à federação brasileira e outras entidades e descobriu que o homem não tem registro como pai de santo e, consequentemente, atuava de forma ilegal no suposto terreiro de umbanda.

Templo onde homem que se apresentava como pai de santo teria estuprado mulher em Aparecida de Goiânia / Imagem: reprodução Polícia Civil
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