Primeiros casos de febre do Oropouche do estado são confirmados no Vale do Ribeira
Sabrina Oliveira Publicado em 02/08/2024, às 08h26
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (1) os primeiros casos autóctones de febre do Oropouche no estado. Duas pacientes, residentes no município de Cajati, na região do Vale do Ribeira, foram diagnosticadas com a doença e já se encontram curadas.
Os casos foram identificados através da Vigilância da Circulação Viral dos Arbovírus, com exames de RT-PCR realizados pelo Instituto Adolfo Lutz. As amostras coletadas descartaram outras doenças como zika, chikungunya e febre amarela. Ambas as pacientes vivem em uma área rural próxima a uma plantação de bananas e não haviam viajado no mês anterior ao início dos sintomas.
A febre do Oropouche é transmitida principalmente por mosquitos, que após picarem uma pessoa ou animal infectado, mantêm o vírus em seu sistema e o transmitem ao picar outro hospedeiro. Existem dois ciclos de transmissão da doença: o ciclo silvestre, envolvendo animais como bichos-preguiça e macacos, e o ciclo urbano, onde os humanos são os principais portadores. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim, é o principal vetor em ambos os ciclos.
Os sintomas da febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Apesar de serem os primeiros casos confirmados em São Paulo, a doença já causou as primeiras mortes no mundo recentemente, com dois óbitos registrados na Bahia entre maio e junho deste ano.
Em 2024, o Brasil já contabilizou mais de 7 mil casos de febre do Oropouche, com a maioria ocorrendo nos estados do Amazonas e Rondônia.