Relações interprofissionais e intersetoriais para Sustentabilidade na Saúde

A transformação global está avançando em um ritmo sem precedentes, impulsionada por fatores como o crescimento populacional, mudanças climáticas, urbanização acelerada, avanços tecnológicos e globalização. Esses fenômenos estão se entrelaçando de maneiras que, há algumas décadas, seriam inimagináveis, criando uma demanda urgente por uma comunicação e colaboração mais eficazes, tanto em níveis globais quanto locais.

No campo da saúde, essas dinâmicas estão promovendo o surgimento de novas formas de colaboração. O trabalho em equipe interprofissional e as práticas colaborativas estão se tornando essenciais para garantir a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Nessa abordagem, profissionais de diferentes áreas formam equipes integradas e interdependentes, compartilhando uma identidade coletiva e trabalhando juntos para resolver problemas, prestar serviços e melhorar a saúde da população.

A colaboração interprofissional eficaz requer o alinhamento de valores, habilidades e recursos para atingir essas metas. Nos cuidados de saúde, esse alinhamento não só resulta de um imperativo moral de trabalhar em conjunto para combater uma doença específica (por exemplo, diagnóstico e tratamento de câncer) ou crises de saúde pública (por exemplo, a recente epidemia da dengue).

A inadequada preparação dos profissionais de saúde para o trabalho em conjunto, especialmente em equipes interprofissionais, tem sido associada a uma série de consequências negativas. Isso inclui a insatisfação dos usuários, um aumento nos eventos evitáveis e outros problemas relacionados à segurança do paciente. Além disso, essa falta de preparo contribui para a baixa retenção de profissionais na área e gera ineficiências no sistema de saúde, resultando em custos elevados.

Diferente de outros setores, que foram rápidos em integrar o trabalho em equipe em seu treinamento, o setor da saúde, está sendo lento em implementar cuidados baseados em equipe e outros modelos de colaboração, bem como a educação interprofissional (EIP) necessária para apoiar e melhorar a colaboração. Essa diferença pode ser um reflexo de diferenças no alinhamento. Enquanto a indústria da aviação alinha estreitamente o treinamento, o voo e as regulamentações de segurança, as instituições educacionais e as de prestação de cuidados de saúde apresentam pouco ou nenhum alinhamento.

Para atingir esse processo transformacional, é necessário Iniciativas para transformar e ampliar a educação e o treinamento de profissionais de saúde. A ampliação transformadora da educação e do treinamento de profissionais de saúde para a expansão e reforma sustentável  para aumentar a quantidade, a qualidade e a relevância dos profissionais e, assim, fortalecer o sistema de saúde e melhorar os resultados de saúde da população.

Um maior alinhamento entre instituições educacionais e o sistema de saúde para trazer mudanças transformadoras na preparação de futuros graduados que tenham afinidade para trabalhar com a saúde sustentável, para o fortalecimento do sistema e a melhoria de resultados de saúde da população.