Cerca de metade dos colaboradores da empresa devem ser afetados
Nathalia Jesus Publicado em 04/11/2022, às 11h04
Elon Musk, o mais novo dono do Twitter, anunciou aos funcionários da empresa na última quinta-feira (03) que a partir da manhã de hoje (04), irá reduzir drasticamente o quadro de colaboradores da plataforma, que, atualmente, conta com 7.500 funcionários.
"Começaremos o difícil processo de reduzir nosso quadro global nesta sexta-feira", dizia o e-mail ao qual a Agence France-Presse teve acesso.
O comunicado confirmaria os boatos de demissão em massa que já estavam sendo espalhados desde que Elon Musk assumiu a empresa, após uma compra de 44 bilhões de dólares.
Ainda não se sabe quantos funcionários serão desligados do Twitter. De acordo com o jornal Washington Post, o número pode chegar a metade 3.500, metade do quadro atual.
Ainda no comunicado oficial o Twitter informou que os crachás de todos os colaboradores estariam desativados e, por isso, a sede da empresa, que fica na Califórina, não abrirá nesta sexta-feira.
Na nota divulgada ontem, a empresa comprada pelo bilionário afirmou que aqueles que mantiverem seus empregos serão notificados através de uma mensagem em seus e-mails profissionais. Por outro lado, os escolhidos para serem desligados da multinacional serão avisados por uma mensagem em seus e-mails particulares.
"Reconhecemos que algumas pessoas que fizeram contribuições significativas para o Twitter serão afetadas, mas essa ação infelizmente é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro", comunicou o Twitter.
"O processo de demissão em andamento é uma farsa e uma desgraça. Os lacaios da Tesla tomam decisões sobre pessoas sobre as quais nada sabem. É completamente absurdo", disse Taylor Leese, diretor da equipe de engenheiros que afirma ter sido demitido.
A agência Bloomberg relatou nesta sexta-feira uma ação coletiva dos funcionários do Twitter contra Elon Musk. Os colaboradores afirmam que o comunicado de demissão infringe as leis trabalhistas de aviso prévio vigentes no estado da Califórnia.
Assim que se tornou o dono da rede social, Elon Musk demitiu CEO e outros executivos da empresa, além de desmontar o Conselho Administrativo.
Segundo fontes internas, o biliionário teria convocado engenheiros da Tesla para supervisionar o trabalho realizado na plataforma.