Um dia após a segunda fase da "Operação Distração", da Polícia Federal, ter sido deflagrada, o advogado do atacante Diego Costa conversou com a reportagem do
Redação Publicado em 01/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h15
Um dia após a segunda fase da “Operação Distração”, da Polícia Federal, ter sido deflagrada, o advogado do atacante Diego Costa conversou com a reportagem do Grupo Globo a respeito do caso.
O jogador, de 32 anos, é um dos alvos da investigação, conduzida pela Polícia Federal, de Sergipe, estado natal de Diego, que apura “suposta prática de exploração de jogos de azar, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa envolvendo o site de apostas ESPORTENET, seus proprietários, operadores financeiros e financiador”, de acordo com o comunicado enviado pela PF à imprensa.
Segundo apurou o ge, Diego Costa é apontado, nas investigações, como suposto financiador do esquema. A casa do jogador, em Lagarto, Sergipe, foi alvo de busca e apreensão. Aurélio Belém, advogado do atacante do Atlético, afirmou que apostas feitas por Diego Costa, quando jogador ainda estava na Espanha, o colocaram como alvo da Polícia Federal.
– Essa busca e apreensão que se deu na casa, na residência dele em Lagarto, onde a Polícia Federal foi recebida pelos familiares, ela se deu basicamente porque Diego lá, enquanto cidadão europeu, enquanto residia em Madrid, na Espanha, ele fez apostas legítimas, legais, em jogos. E isso, de alguma forma, foi detectado e virou motivo de apuração.
Diego Costa, do Atlético-MG, é alvo de operação da Polícia Federal
De acordo com o advogado, nada foi encontrado na residência de Diego Costa, na cidade de Lagarto, em Sergipe, durante a vistoria dos investigadores, feita nessa quinta-feira.
– (A Polícia Federal) fez a busca no tempo e no modo desejado, sem qualquer interferência, com tranquilidade. Nada levou, nada foi apreendido, nem documento, nem dinheiro. Absolutamente nada. A busca foi infrutífera, no sentido da apreensão. Houve busca, mas não houve apreensão. Nada foi retirado da casa.
Em contato com a reportagem, a Polícia Federal não comentou os detalhes da investigação. A assessoria da PF informou apenas que, durante a segunda fase da operação, foram apreendidos smartphones, equipamentos eletrônicos, documentos, veículos e a quantia de R$ 628.000,00 em espécie.
A Polícia não especificou em quais dos sete endereços, visitados pelos investigadores, nessa quinta-feira, o dinheiro e os outros itens foram localizados.
O Atlético acompanha os desdobramentos da investigação policial. O clube designou um integrante do conselho deliberativo alvinegro para acompanhar o caso a fim de entender se o jogador precisa de auxílio jurídico. Nas redes sociais, a assessoria do Galo publicou uma breve nota sobre o caso:
“Os fatos noticiados não dizem respeito ao Clube; não eram de conhecimento público, tampouco da instituição (por se tratarem de investigações); e são anteriores à chegada do atleta ao Atlético. Não obstante, o Atlético está se inteirando do eventual ocorrido para dar, caso seja do interesse do atleta, todo apoio que lhe for necessário”
O advogado Aurélio Belém reiterou que Diego Costa é inocente. Segundo ele, o atacante vai se apresentar voluntariamente à Polícia Federal para prestar depoimento.
– Na verdade, ele (Diego Costa) quer saber qual é a acusação. De certo modo, ela não existe do ponto de vista jurídico. Não há elementos para essa investigação. Todos nós sabemos que o ônus da prova cabe a quem acusa. Estamos tranquilos em relação a isso.
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Globo Esporte
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