Um venezuelano de 21 anos foi assassinado em Mauá, na Grande São Paulo, por uma dívida de aluguel de R$ 100. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança
Redação Publicado em 11/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 14h53
Um venezuelano de 21 anos foi assassinado em Mauá, na Grande São Paulo, por uma dívida de aluguel de R$ 100. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo, o proprietário do apartamento onde Marcelo González morava atirou nele em uma briga na quinta-feira da semana passada (3).
Ainda de acordo com as informações do boletim de ocorrência, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local. O dono do imóvel, um homem de 41 anos fugiu, porém, acabou sendo preso na última terça-feira (8). O caso está sob investigação do 1º Distrito Policial de Mauá.
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo emitiu ontem (10) uma nota de pesar pelo assassinato do jovem venezuelano, que vivia junto com seus quatro filhos, esposa, irmão, sogra e avó da esposa.
Para a pasta se trata de mais um caso de intolerância contra imigrantes. “Mais um caso que estarrece as comunidades imigrantes em todo o território e que, somado ao do migrante Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado no último dia 24/01/2022 no Rio de Janeiro, evidência a violência sofrida pelas comunidades imigrantes, por meio da xenofobia, racismo, precarização do acesso à direitos e outras formas de violência, chegando na sua forma mais cruel, o silenciamento de vidas migrantes”, diz a nota.
A Base Warmis, grupo de mulheres voluntárias que atua no combate à violência e discriminação, cobrou justiça para o caso. “Exigimos justiça para o Marcelo e para todas as pessoas migrantes e refugiadas que perdem a vida nesse país por causa da intolerância e a falta de respeito à diversidade”, disse a organização pelas redes sociais.
No último dia 24, o imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe foi amarrado e espancado até a morte por funcionários de um quiosque na Barra da Tijuca, na orla do Rio de Janeiro.
Parentes de Moïse disseram que ele tinha ido ao local cobrar uma dívida pelo trabalho que tinha realizado para o quiosque. Em depoimentos, os agressores declararam que o congolês havia iniciado uma briga dentro do estabelecimento.
Três homens foram presos acusados de participar das agressões que causaram a morte do jovem.
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Agencia Brasil
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