Principal mostra automotiva do ano, o Salão de Paris é tradicionalmente dominado pelas marcas “da casa”, Renault, Peugeot e Citroën. Mas, a não ser que as
Redação Publicado em 01/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h11
Principal mostra automotiva do ano, o Salão de Paris é tradicionalmente dominado pelas marcas “da casa”, Renault, Peugeot e Citroën. Mas, a não ser que as francesas tenham guardado grandes surpresas, quem deve roubar a cena em 2018 é o trio de fabricantes alemãs.
Audi e Mercedes-Benz farão a primeira exibição pública de seus novos SUVs elétricos. Enquanto isso, a BMW vai pelo lado mais tradicional, com uma nova geração de seu principal produto, o Série 3.
A Audi vai exibir ao público E-Tron, seu primeiro veículo 100% elétrico. Ele começa a ser vendido na Europa no início do ano que vem– e pode pintar no Brasil também em 2019, para competir com o Jaguar I-Pace. Traz dois motores elétricos, de 408 cavalos. A autonomia é de 400 km, e a recarga pode ser feita em apenas meia hora.
O menor veículo da fabricante ganhou a segunda geração em junho. Portanto, Paris será sua primeira grande aparição pública. Usando a mesma plataforma do Volkswagen Polo, o A1 cresceu 5,6 cm no comprimento, passando dos 4 metros (e prometendo acabar com o “aperto” do modelo anterior). Ele ainda não está confirmado para o Brasil.
Outro que ainda não teve o passaporte carimbado para o Brasil, ainda que pareça óbvio que seja vendido por aqui a partir do ano que vem. Na Europa, ele passa a ser oferecido no final do ano. Em relação ao modelo conhecido dos brasileiros, restou apenas o nome. Desde a plataforma até o visual totalmente repaginado, tudo é novo. Ele também ficou maior e mais tecnológico, abrindo espaço para uma eventual chegada do Q2.
O sedã alemão tem tudo para ser o grande destaque do Salão de Paris. A sétima geração chega seis anos depois da sexta, e promete inovar, mas mantendo a essência que consagrou o Série 3. É de se esperar itens como quadro de instrumento digital e alguns recursos semi-autônomos.
Para a alegria dos fãs de conversíveis, o Z4 voltou. Por enquanto, em versão única, com motor 3.0 de 340 cv, que faz o modelo acelerar de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos. Além do bom desempenho, os bávaros capricharam no visual do Z4.
Nem parece, mas o GLE ganhou uma nova geração. O mais bem sucedido SUV da marca alemã manteve seu traço mais conhecido, na coluna C. Fora isso, mudaram faróis, lanternas e para-choques. Por enquanto, apenas uma versão híbrida leve foi revelada. Ela traz um V6 de 3 litros e 367 cv. O gerador de 48 volts ajuda com 22 cv extras em curtos períodos.
Outra marca que vai mostrar ao público seu primeiro veículo 100% elétrico. O EQC é movido por dois motores elétricos. Somados, eles entregam 414 cv, com mais de 450 km de autonomia, segundo a Mercedes. É mais um para compor o grupo de SUVs elétricos, junto com Jaguar I-Pace, Audi E-Tron e o pioneiro, Tesla Model X.
Se o CLA nunca conseguiu ser tão competitivo, a Mercedes fará uma nova investida no segmento. É o Classe A sedã, confirmado para o Brasil no ano que vem, importado do México. Terá duas motorizações, ambas turbinadas. A 1.4 de origem Renault entrega 163 cv, enquanto a 2.0 vai a 227 cv. É um forte candidato para estar também no Salão de São Paulo.
O C5 Aircross é o “irmão” maior do C4 Cactus e “primo” do Peugeot 3008. Ele não foi confirmado para o Brasil, ainda. Isso deve ser questão de tempo. Afinal, a Citroën está planejando uma linha mais completa de SUVs no país. O C5 Aircross foi criado para o mercado chinês, mas fará sua estreia para os europeus na casa da Citroën.
A Ferrari lançou dois modelos de série limitada, e batizou com o nome de um dos circuitos mais conhecidos do mundo: Monza. O SP1, como o nome adianta, tem lugar para apenas uma pessoa, enquanto o SP2 leva o piloto, mais um acompanhante. Mas o número mais empolgante é o da potência: são 810 cv, vindos do V12 aspirado. É o motor mais potente já feito pelos italianos.
O e-Legend promete ser um dos carros mais interessantes do Salão de Paris. A Peugeot olhou para trás para criar um veículo para o futuro. O conceito tem como inspiração o 504 Coupé, vendido entre os anos 60 e 70. A releitura é elétrica e pode ser autônoma – ainda que o motorista tenha a opção de dirigir. Seu motor elétrico entrega 462 cv, que empurram o e-Legend de 0 a 100 km/h em 4 segundos.
A versão mais potente e esportiva do Peugeot 3008 será híbrida. Com potência combinada de 300 cv, o SUV tem um 1.6 turbo de 200 cv, além de dois motores elétricos, de 110 cv, cada. Acelera de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos, mais rápido do que um Golf GTI. E ainda pode rodar até 60 km usando apenas os propulsores elétricos. Além dele, 508 sedã e perua também ganharam variantes híbridas.
Depois de 20 anos, o Jimny ganhou uma nova geração. Mas o jipinho da Suzuki continua com uma de duas principais características: o formato de caixote. Apesar disso, são várias as melhorias, como interior mais confortável e central multimídia. O que não vai mudar é a grande aptidão off-road. Ele será vendido no Brasil, e deve conviver com a atual geração, produzida em Catalão (GO).
Na mesma medida que tem novidades importantes, o Salão de Paris de 2018 tem desfalques consideráveis. Além da Volvo, que decidiu participar de poucos salões por ano, Volkswagen, Fiat Chrysler, Ford e Nissan engrossaram o grupo de fabricantes que decidiram não participar da mostra francesa.
Do grupo Volkswagen, apenas Audi, Porsche, Seat e Skoda levarão seus veículos para o centro de exposições na capital francesa. Já da FCA, a única representante será a Ferrari.
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